O Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), divulgou nota na noite desta quinta-feira (07), admitindo atrasos no pagamento de médicos, mas também o calendário para pagamento dos vencimentos do corpo clínico também do Pronto Socorro Municipal (PSMI).
Na nota o hospital revela o momento de crise, o que ainda de acordo com o HNSD, seria reflexo do cenário político-econômico brasileiro e da queda do preço do minério de ferro, ocorrido em 2016. “Diante desse quadro, o Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) vem trabalhando arduamente para assegurar seus compromissos e garantir a prestação de serviço para a população de Itabira e região”, declara a nota.
Nesta quinta-feira, 7 de dezembro, a imprensa itabirana divulgou que os médicos do HNSD e do PSMI estão com seus salários atrasados referentes aos serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda em nota, o hospital informa que “a direção do hospital, por meio do seu provedor, Vaquimar José Vaz, esclarece que todas as medidas estão sendo tomadas para regularizar a situação”.
Ontem (07), a Provedoria, Comissão de Ética e diretorias Clínica e Administrativa do HNSD se reuniram com a equipe da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e traçaram estratégias para o enfrentamento da crise financeira que assola o setor de saúde do município. Segundo o comunicado, nesse encontro, ficou definido que os honorários referentes ao mês de setembro serão pagos na próxima quarta-feira, 13 de dezembro, e no mês de janeiro serão quitados os salários do mês de outubro.
MÉDICOS
Nesta semana os médicos do hospital e do pronto socorro enviaram ao Conselho Federal de Medicina (CFM), uma carta descrevendo ao órgão os atrasos dos vencimentos. De acordo com os médicos os salários de setembro, outubro e novembro deste ano estariam atrasados. O último salário pago, de acordo com os médicos, teria sido de agosto, mas com atraso de sessenta dias. Com os atrasos os médicos ameaçam paralisar os atendimentos nas duas unidades hospitalar.
A carta dos médicos encaminhada ao CFM foi enviada com cópias para a Prefeitura e Câmara de Vereadores de Itabira, que ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a situação.