Ao lado de nomes consagrados, artistas locais estão participando da 1ª edição do MAPA (Mostra de Arte Pública), em Itabira.
Os artistas itabiranos Lolly & Lourena, Annosca, Confuso e Gus Pucci foram selecionados em uma convocatória para participar da primeira edição do MAPA (Mostra de Arte Pública), festival de arte pública que visa criar um circuito de arte urbana em Itabira. Ao lado de nomes consagrados do cenário como Eduardo Kobra, Zéh Palito, Mag Magrela e o italiano Millo, os artistas itabiranos estão participando do festival pintando, juntos, um grande mural localizado na EEMZA (Escola Estadual Mestre Zeca Amâncio), que está dentro do circuito de arte do MAPA.
O festival, que está ocorrendo em Itabira até o dia 15 de outubro, busca potencializar a arte e a cultura por meio de pinturas em empenas e instalações públicas, lançando novos olhares e cores sobre o patrimônio cultural da cidade e criando uma galeria a céu aberto. Além disso, é uma oportunidade de aproximar e conectar territórios e movimentos artísticos através da arte pública e contemporânea, mapeando histórias, pessoas e espaços do local, propondo o deslocamento dos que percorrem a cidade, alterando o cotidiano das pessoas e permitindo a redescoberta do território.
Nesse sentido, para a dupla Lolly & Lourena, “ter essa oportunidade em Itabira mostra como a cidade está crescendo culturalmente e isso traz muita visibilidade aos artistas locais, que têm potencial tanto quanto o nosso poeta, Carlos Drummond de Andrade. Como a gente trabalha com tatuagem, nosso modo de expressar está em cada indivíduo, na pele mesmo. Poder sair disso pra mostrar nossa arte na ‘pele’ da cidade é incrível pra gente. É muito gratificante sair da nossa zona e investir em algo que todos vão poder apreciar”, comentam.
De acordo com Annosca, festivais de arte pública, como o Mapa, são recompensadores e abrem muitos caminhos. “É muito aprendizado e conhecimento, muitas trocas e interações. É muito recompensador porque prova que faz muito sentido fazer a arte, que uma hora ela chega em um patamar visível e acessível a todos. Para mim, a arte pública é o que temos de melhor para oferecer no Brasil, pois temos muita gente sabendo fazer coisas incríveis. E ela se tornar pública é recompensador. A gente ter a nossa cultura estampada, nossas cores, nossa criatividade e nossos pensamentos, é a conclusão de que dá certo e faz muito sentido”, destaca.
Para Confuso, “é de extrema felicidade ver a minha cidade abrindo as portas e os muros para a arte de rua, permitindo trazer novas cores e vida para o cotidiano. Me sinto honrado por fazer parte disso”. Já na visão de Gus Pucci, “é um privilégio viver e participar de manifestações artísticas como essa, não só como artista por estar fazendo parte deste projeto, mas também por trazer ícones da pintura do cenário itabirano. Além de poder ocupar o espaço urbano com arte”, finaliza.
Para o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, o chamamento para que artistas itabiranos participem do MAPA corrobora com a visão da gestão municipal de valorizar os talentos locais e inseri-los entre grandes nomes das artes. “É tudo que a gente quer: mostrar que Itabira tem muita gente que produz arte de alto nível e, ao mesmo tempo, propiciar que esses talentos daqui tenham contato com o que é produzido lá fora. Quando a gente fala em abrir Itabira para o mundo é também fazer essa conexão. A cultura e o turismo têm esse poder e é por isso que temos investido tanto nisso”, declara.
O festival MAPA Itabira é realizado pela Prefeitura de Itabira e Associação Cultural Casinha, com produção e curadoria da Pública Agência de Arte e parceria do Consulado da Itália em Minas Gerais.