O governo de Minas anunciou nesta segunda-feira (18) que vai depositar o pagamento do 13º salário para trabalhadores da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) de forma parcelada.
O pagamento seguirá a escala anunciada na semana passada para os servidores da segurança – policiais civis, militares, bombeiros e agentes penitenciários. A primeira parcela será depositada em 26 de dezembro e a segunda, em 19 de janeiro.
O anúncio foi feito horas depois que os servidores da saúde decidiram em assembleia da categoria entrar em greve contra o atraso do pagamento. Por meio de nota, o governo de Minas informou que o governador Fernando Pimentel (PT) tem ido pessoalmente a Brasília para tentar acelerar a tramitação de projetos que podem ajudar o estado a captar recursos, como a proposta que deve ser votada esta semana na Câmara que autoriza o estado a vender créditos tributários para instituições financeiras.
“O governo de Minas reafirma, assim, seu compromisso de trabalhar incansavelmente para garantir que todos os direitos dos servidores sejam assegurados”, diz a nota. Para o restante dos servidores do funcionalismo o governo não confirmou quando será feito o pagamento do 13º salário.
O secretário de Governo, Odair Cunha, reafirmou que o governo tenta acelerar a tramitação de projetos de lei que possibilitarão ao estado captar recursos para o pagamento do 13º. “Estamos aguardando a aprovação da securitização na Câmara”, afirmou. Isso possibilitaria o pagamento antecipado junto a bancos de créditos tributários que o Executivo tem a receber. Ele reiterou que, como plano B, o governo também cogita usar os recursos do IPVA para pagar o benefício natalino do funcionalismo.
Protestos
Professores
A intenção dos manifestantes era pressionar parlamentares da base aliada para obstruir a pauta de votações no Poder Legislativo até que o governo de Minas anuncie o pagamento para o restante do funcionalismo.
“Depois de anunciar as datas de pagamento para a segurança o silêncio do governo é total. Como se nós não existíssemos”, reclamou Beatriz Cerqueira, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educaçaõ de Minas Gerais (Sindute).
Segundo Beatriz, o governo de Minas não tem cumprido com acordos com o setor da educação e tem ignorado o diálogo com os professores. “O governo deixou de investir R$ 2 bilhões em educação este ano. Até momento não investiu os 25% de impostos em educação. Ou seja, o governo precisa ter um tratamento de respeito com os servidores públicos e honrar os compromissos assumidos”, cobrou Beatriz. (informações do jornal Estado de Minas)