O ministro das Relações Exteriores da Espanha, Alfonso Dastis, disse que o país responderá “com proporcionalidade e reciprocidade à Venezuela” pela expulsão de seu embaixador em Caracas, Jesús Silva Fernández, ocorrida nesta quinta-feira (25). As informações são da EFE*.
Na cidade de Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, Dastis rechaçou as acusações de “ingerência” feitas pelo governo venezuelano, alegando que a Espanha, desde o princípio, só “ajudou o processo” de negociações entre governo e oposição da Venezuela.
O chefe da diplomacia espanhola acrescentou que o presidente da República Dominicana, Danilo Medina, lhe pediu “fé no diálogo”, e respondeu a ele que “a fé deve vir acompanhada de boas obras”.
Dastis disse que a Espanha tentou que o governo da Venezuela não se limitasse a fazer promessas, mas também as cumprisse. Dentro da União Europeia, a estratégia foi “buscar os meios de pressão e os incentivos para que houvesse uma negociação efetiva”, explicou.
Sobre as sanções impostas à Venezuela pelo bloco, o chanceler disse que elas foram decididas por unanimidade pelos 28 países-membros da UE. “Não foi uma questão só da Espanha”, disse.
“Está claro que temos que nos manter nessa linha, de apoio ao diálogo, mas somos céticos”, continuou Dastis. O ministros afirmou que a Espanha tentará por todas as vias ajudar a melhorar a situação do povo venezuelano.
As opções de atuação do governo espanhol após a expulsão do embaixador serão expostas amanhã no Conselho de Ministros. “O governo vai agir com proporcionalidade, é claro que vamos, mas também com reciprocidade”, ressaltou Dastis, não respondendo à pergunta se pretende expulsar o embaixador venezuelano da Espanha.
Quanto à busca de apoio dentro da UE, o chanceler indicou que a Venezuela tratou a questão como um assunto bilateral. “Portanto, teremos que tomar uma reação bilateral”, explicou.