Uma explosão de uma “ambulância-bomba” atingiu, na manhã deste sábado (27), deixou 63 mortos e 151 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde afegão. O Talibã reivindicou a autorida do atentado.
“O suicida usou uma ambulância para passar pelos postos de controle. No 1º controle disse que transportava um paciente para o hospital Jamuriat. No segundo posto de controle, foi identificado e detonou os explosivos”, explicou à AFP Nasrat Rahimi, porta-voz do ministério do Interior.
No bairro onde ocorreu a explosão estão prédios governamentais (entre eles os escritórios do Ministério do Interior afegão), além de embaixadas estrangeiras e os da União Europeia. A região estava movimentada no momento do ataque já que sábado é um dia útil no Afeganistão.
Um edifício próximo ao hospital Jamuriat foi afetado e ameaçava desabar. Apenas para o hospital da ONG italiana Emergengy foram levados 70 e sete mortos.
O atentado foi reivindicado pelo porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, no WhatsApp: “Um mártir explodiu seu carro-bomba perto do ministério do Interior, onde estavam muitas forças policiais”, segundo a France Presse.
A explosão foi tão potente que abalou a capital afegã e deixou vários estabelecimentos com as janelas quebradas em bairros próximos. As janelas do escritório da AFP, que fica a quase 2 km, tremeram e os vidros da “Chicken Street”, a rua dos antiquários, a centenas de metros do local do atentado, quebraram.
O ataque acontece uma semana após o cerco do grupo terrorista Talibã ao Hotel Intercontinental da capital afegã, que terminou com 25 mortos (13 estrangeiros), de acordo com a última estimativa divulgada pelo governo do Afeganistão. No cerco que durou mais de 12 horas, cinco terroristas morreram no confronto com as forças de sergurança.