Estados Unidos e Rússia não se entendem à mesa do Conselho de Segurança das Nações Unidas ao mesmo tempo que na Síria continuam os bombardeamentos e a morte diária de civis às dezenas, incluindo de crianças.
Os últimos dias ficaram marcados por vários raides aéreos das forças afetas a Bashar al-Assad, apoiadas pela Rússia, e a um contragolpe das Forças Democráticas Sírias, apoiadas pela coligação internacional liderada pelo Pentágono.
Damasco pediu ao Conselho de Segurança da ONU para condenar o “massacre” no leste do país acusando pelo mesmo a coligação internacional antijihadista liderada pelos Estados Unidos.
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Dezenas de combatentes fiéis a Assad terão morrido no ataque ocorrido quarta-feira à noite em Deir Ezzor, a maior província no leste da Síria.
Damasco considera “a agressão um crime de guerra e um crime contra a humanidade”. Do lado americano, uma porta-voz do Pentágono defendeu a ação das FDS como “autodefesa, com apoio da coligação, para derrotar um ataque injustificado das forças do regime sírio no leste do país.”
A porta-voz do Departamento de Defesa americano referia-se a um suposto ataque das forças fiéis a Bashar al-Assad, também na quarta-feira, contra uma posição das FDS, a leste do rio Eufrates, onde estariam membros da coligação internacional.
O próprio secretário de Defesa americano disse ter ficado “perplexo” com esse ataque que atingiu também elementos das forças americanas. Jim Matti disse desconhecer se houve forças russas envolvidas no ataque sem motivo aparente das forças afetas a Assad.
https://twitter.com/Reuters/status/961698790888693761
A pedido de Washington, o Conselho de Segurança da Onu apelou um cessar-fogo na Síria, mas o embaixador russo na ONU considera tal possibilidade “irrealista.”
Vassily Nebenzia disse aos jornalistas que também gostava “de ver o cessar-fogo e o fim da guerra na Síria”, mas duvida que os alegados “terroristas estejam de acordo com a proposta americana.”
Entretanto, as forças do regime sírio, apoiadas pela Rússia, prosseguiram com os raides aéreos dos últimos dias sobre regiões controladas por rebeldes.
Só esta quinta-feira — quarto dia de bombardeamentos — terão morrido cerca 59 civis, incluindo 15 crianças, na parte oriental de Ghouta, não muito longe de Damasco. (EuroNews)