Depois de ratificar a fama de ‘copeiro’ na conquista da Copa do Brasil de 2017, o Cruzeiro inicia nesta terça-feira, em Avellaneda, na Argentina, o compromisso mais importante da temporada. Em sua décima tentativa de conquistar o tricampeonato da América, a Raposa visita o Racing, às 21h30, na abertura do Grupo 5 da Copa Libertadores. Embora distante quase 3 mil quilômetros de Belo Horizonte, o time de Mano Menezes encontrará apoio nas vozes dos cruzeirenses que garantiram ingressos para o duelo no ‘El Cilindro’ e coloriram de azul as ruas de Buenos Aires desde domingo.
“Mais uma vez estamos acompanhando o Cruzeiro fora do Brasil. A expectativa é de sair daqui com três pontos. Não aceitamos menos do que isso”, disse o advogado Vicente Cândido, de 56 anos. Ele já perdeu a conta de quantos jogos acompanhou fora do país, mas garante que já foram mais de dez. “Esse vai ser o início de uma caminhada vitoriosa rumo ao tricampeonato. Vamos vencer, assim como vencemos o River da última vez que estivemos aqui em Buenos Aires”.
O encontro com o River em 2015 não é só a lembrança mais recente do torcedor. A fatídica eliminação no Mineirão (derrota por 3 a 0), depois de uma vitória no Monumental de Nuñez (1 a 0), é também a última memória da participação do Cruzeiro na Libertadores. Aquele revés foi o estopim para o início de uma grande reformulação no elenco. O clube ficou fora de duas edições do principal torneio continental, em 2016 e 2017, e só voltou ao caminho das vitórias com a conquista do penta da Copa do Brasil no ano passado.
Este retorno à Libertadores, com um elenco candidato ao título, é simbólico. Será a décima tentativa, desde o bi de 1997, de levantar o troféu mais cobiçado das Américas pela terceira vez. O Cruzeiro parou em quatro oitavas de final (1998, 2004, 2008, 2011), em quatro quartas de final (2001, 2010, 2014 e 2015), além da decisão de 2009, quando o título escapou pelos dedos na derrota para o Estudiantes, por 2 a 1, no Mineirão.