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De acordo com a a Semad, pontos de monitoramento foram criados para acompanhar a situação dos cursos d’água que passam pela região. “A Anglo American está monitorando a qualidade da água superficial em 10 pontos no ribeirão Santo Antônio, até o rio Casca, abaixo do ponto de captação da Copasa. Também está sendo realizado o acompanhamento dos sedimentos em 30 pontos no ribeirão Santo Antônio. Foram colocadas barreiras no ribeirão Santo Antônio a fim de conter o material que está depositado no curso d’água”, afirmou poder meio de nota.
O rompimento foi confirmado na manhã desta segunda-feira. A captação de água foi interrompida pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Segundo a companhia, o abastecimento foi interrompido às 10h, antes da chegada da mancha de minério ao ponto de captação no córrego Santo Antônio, que ocorreu às 13 horas. A empresa disponibilizou caminhões-pipa para atender aos moradores do município. Segundo a companhia, os caminhões serão abastecidos na Estação de Tratamento de Água (ETA) Rio Casca e estarão disponíveis para a população no início da noite desta segunda-feira.
A direção da Anglo American informou que, por volta das 7h40, identificou um problema no mineroduto que transporta sua produção de minério de ferro de Minas Gerais ao Rio de Janeiro em um ponto na área rural de Santo Antônio do Grama. Segundo a empresa, a extensão e a causa do acidente ainda está sendo avaliada. “As causas estão sendo investigadas. Neste momento, nossos esforços são para medidas emergenciais que garantam o abastecimento de água da cidade”, informou a assessoria da empresa.
O incidente assustou os moradores da cidade. Segundo o motorista Antônio Carlos Almeida Gomes, de 31, apesar do susto, as pessoas seguem a rotina normalmente. “Estamos sem água, mas tivemos sorte que o incidente aconteceu na zona rural. Agora, temos que ver quanto tempo irá demorar para normalizar o abastecimento”, comenta. A advogada Joana Cegala, de 43 anos, moradora de Santo Antônio da Grama, compartilhou com os dois vídeos que circulam nas redes sociais e mostram a contaminação.
O Ibama afirma que, com base em informações iniciais, o rompimento do mineroduto não irá despejar substâncias tóxicas no rio Santo Antônio, afetado pelo vazamento. “A polpa de minério (mistura de minério de ferro com água para facilitar o escoamento pelo mineroduto) vazada não possui entre seus componentes substâncias químicas ou tóxicas”, ressaltou por meio de nota. O Instituto, responsável pela fiscalização do empreendimento, garantiu que a licença será mantida. (Estado de Minas)