O debate sobre a realização de uma audiência pública no dia dois de maio, na Câmara Municipal de Itabira para tratar do alto índice de desemprego no município movimentou críticas à Vale na reunião ordinária desta terça-feira (27), principalmente por parte do presidente da Casa, vereador Neidson Dias Freitas (PP).
Com o tema “Geração de Emprego e Renda”, a proposta foi apresentada pelo vereador Weverton Júlio de Freitas Limões “Nenzinho” (PMN) e ganhou a adesão de todos os vereadores. No dia da audiência, a Câmara, em conjunto com outras instituições, fará um debate de ações que poderão ser desenvolvidas para amenizar o problema.
Na opinião de Neidson Freitas, essa discussão deve passar pela direção da Vale, a maior empresa que atua em Itabira e uma das maiores mineradoras do mundo. De acordo com o presidente, a falta de contratação da mão de obra local “é um desrespeito” com os trabalhadores de Itabira. Este, segundo ele, seria o primeiro problema a ser resolvido para amenizar o ato índice de desemprego na cidade.
“Muitas pessoas vêm a Câmara questionando por que as empreiteiras da Vale têm contratado funcionários de fora. Temos que buscar um entendimento com a empresa para que isso seja feito de maneira mais solidária. É preciso priorizar o pai de família itabirano. A Vale não tem tido um compromisso com o trabalhador itabirano, por que isso é uma ação que, por si só, ela poderia providenciar, pela situação do alto índice de desemprego em nossa cidade”, criticou o presidente.
Ainda de acordo com Neidson Freitas, cidades como Ouro Preto, Mariana, São Gonçalo do Rio Abaixo e Conceição do Mato Dentro conseguiram adotar a prática de priorizar a mão de obra local junto as empresas.
“Os próprios itabiranos chegam lá [nestas cidades] e não encontram oportunidade de emprego, por que existe uma determinação e um entendimento com as autoridades políticas locais, deste protecionismo das vagas de emprego para a pessoa da cidade e aqui a gente não percebe a Vale com essa preocupação”, atacou o vereador.