Não faltou emoção. O Cruzeiro venceu o Atlético por 2 a 0, neste domingo (9), no Mineirão, e conquistou o 37º título mineiro de sua história.
Os gols da equipe celeste foram marcados por Arrascaeta, aos 3 minutos do primeiro tempo, e por Thiago Neves, aos sete minutos da segunda etapa.
Em um jogo em que os ânimos estiveram exaltados desde o apito inicial, a expulsão de Otero, aos 21 minutos do primeiro tempo, após desentendimento com o lateral Edílson, foi determinante.
Soberano, e com o apoio da torcida, que lotou o Gigante da Pampulha, o Cruzeiro se impôs, e conseguiu marcar os dois gols de diferença que precisava para reverter a vantagem do rival, e conquistar o caneco.
Já o Galo, apesar da entrega de seus jogadores, não conseguiu ameaçar o gol de Fábio, e, com um jogador a menos, esbarrou na boa marcação do time comandado pelo técnico Mano Menezes.
Depois de conquistar o título Mineiro após quatro anos, o Cruzeiro, agora, volta às atenções para a estreia no Campeonato Brasileiro, em que vai enfrentar o Grêmio, no próximo sábado (14), no Mineirão.
O Atlético, por sua vez, estreia no nacional um dia depois, contra o Vasco, no estádio São Januário, no Rio de Janeiro.
Início avassalador
Precisando reverter a vantagem do rival, o Cruzeiro começou a partida pressionando o Atlético. Logo aos 3 minutos, Egídio cruza pela esquerda, Arrascaeta pega de primeira, e Victor faz grande defesa.
Na continuação da jogada, Edílson levanta na área, e o uruguaio, sozinho, se antecipa ao goleiro alvinegro, e abre o marcador para a Raposa. Foi o sexto gol, em 13 clássicos disputados por Arrascaeta.
Sem a mesma intensidade dos minutos iniciais, a partida seguiu com os ânimos exaltados. Jogas ríspidas e desentendimentos entre os jogadores pautaram a primeira etapa.
Aos 19, a primeira boa chance para o Galo. Cazares cobra falta central ao gol de Fábio, e a bola passa por cima, com perigo à meta celeste.
Aos 21 minutos, Otero e Edílson se estranharam em dividida próxima à linha lateral. Pior para o atleticano, que atinge o lateral-direito com um soco e é expulso. Edílson, por sua vez, levou o cartão amarelo por levantar o pé e tentar atingir o meia. A punição distinta para os dois jogadores, aplicadas pelo árbitro Luiz Flávio de Oliveira, gerou muitas reclamações do lado atleticano.
Aos 30 minutos, quase o segundo do Cruzeiro. Thiago Neves cobrou falta perigosa próximo à areá do Atlético, e Victor fez boa defesa.
Passado o susto com a expulsão de Oteto, o Atlético conseguiu controlar as investidas da equipe celeste, e impediiu que o placar fosse amplicado no primeiro tempo.
Segundo tempo
O Cruzeiro voltou para o segundo tempo com Mancuello no lugar e Edílson. E foi o argentino que teve a primeira chance, no primeiro minuto da etapa final. Após escanteio cobrado port Thiago Neves, a bola sobrou para Mancu, que desviou de cabeça, com perigo à direita de Victor.
Dois minutos depois, Robinho arriscou de fora da área, e o goleiro atleticano espalmou para lateral.
Aos sete minutos, a pressão do Cruzeiro surtiu efeito, mais uma vez. Robinho cruzou pela direita, e Thiago Neves de antecipou à defesa do Atlético para marcar o segundo gol.
Com a vantagem que precisava para levar o título, o Cruzeiro diminuiu o ritmo, e, sem sustos, controlou o placar até o apito final.