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Dois anos e cinco meses se passaram do desastre ambiental que matou 19 pessoas em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, e ainda não há um diagnóstico dos danos socioeconômicos causados pelo “mar de lama” da mineradora Samarco. O prazo para que a empresa, a Vale, a BHP Billiton e o Ministério Público Federal (MPF) entreguem na 12ª Vara Federal do estado um plano que defina ações de reparação termina nesta sexta-feira (20).
Caso o acordo não seja homologado, a ação do MPF no valor de R$ 155 bilhões, que havia sido suspensa em julho de 2017 pela Justiça Federal, volta a tramitar normalmente.
![Um carro é visto sobre os destroços de uma casa em meio a lama após o rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Samarco no Distrito de Bento Rodrigues (Foto: Christophe Simon/AFP) Um carro é visto sobre os destroços de uma casa em meio a lama após o rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Samarco no Distrito de Bento Rodrigues (Foto: Christophe Simon/AFP)](https://s2.glbimg.com/3ZbXsvRj3Ghok5DTsovobZvQL-M=/0x0:1700x1131/984x0/smart/filters:strip_icc()/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/11/06/brazil-australia-mining-accident_christophe_simon_afp_1.jpg)
Um carro é visto sobre os destroços de uma casa em meio a lama após o rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Samarco no Distrito de Bento Rodrigues (Foto: Christophe Simon/AFP)
Além dela, a ação movida pela União, por estados e órgãos ambientais, que determinava a criação de um fundo no valor de R$ 20 bilhões por parte das mineradoras para recuperar a Bacia do Rio Doce em 15 anos, e que foi interrompida em janeiro do ano passado, também pode ser reativada.
A princípio, o prazo para apresentação do acordo final era 30 de junho de 2017. Depois ele foi prorrogado para outubro, depois para novembro e finalmente para esta sexta-feira (20).
Parte do acordo, que cuida dos danos socioambientais, foi homologada em março do ano passado.
Procurados a BHP Billiton, a Vale, a Samarco e o MPF preferiram não comentar o fim do prazo.
![Distrito de Bento Rodrigues ficou devastado pelo 'mar de lama' da Samarco (Foto: Flávia Mantovani/G1) Distrito de Bento Rodrigues ficou devastado pelo 'mar de lama' da Samarco (Foto: Flávia Mantovani/G1)](https://s2.glbimg.com/4IcAw7ZwzIIKHMHOlVnI3U2i_zY=/0x0:1632x1224/984x0/smart/filters:strip_icc()/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/12/02/img_2213.jpg)
Distrito de Bento Rodrigues ficou devastado pelo ‘mar de lama’ da Samarco (Foto: Flávia Mantovani/G1)
Desastre de Mariana
Considerado o maior desastre ambiental do país, o rompimento da barragem de Fundão – pertencente à mineradora Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton – ocorreu em 5 de novembro de 2015, causando 19 mortes.
Após o rompimento da barragem de Fundão, o rejeito de minério ainda encobre áreas devastadas. Milhões de metros cúbicos da lama seguem espalhados, deixando marcas no meio ambiente.
![A janela de uma casa de Bento Rodrigues, no interior de Minas Gerais, é vista após o rompimento de barragens de rejeitos da mineradora Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, na quinta-feira (5) (Foto: Ricardo Moraes/Reuters) A janela de uma casa de Bento Rodrigues, no interior de Minas Gerais, é vista após o rompimento de barragens de rejeitos da mineradora Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, na quinta-feira (5) (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)](https://s2.glbimg.com/eeh3diO02K6bzYeMT4Rp_W_iAuw=/0x0:1700x1133/984x0/smart/filters:strip_icc()/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/11/13/brazil-damburst-_ricardo_moraes_reuters-2_1.jpg)
A janela de uma casa de Bento Rodrigues, no interior de Minas Gerais, é vista após o rompimento de barragens de rejeitos da mineradora Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, na quinta-feira (5) (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)
![Bombeiro resgata um cachorro que estava preso na lama em Paracatu de Baixo, no interior de Minas Gerais. (Foto: Douglas Magno/AFP) Bombeiro resgata um cachorro que estava preso na lama em Paracatu de Baixo, no interior de Minas Gerais. (Foto: Douglas Magno/AFP)](https://s2.glbimg.com/_gouwSn7Kil0MuQenKWsz7ko8E8=/0x0:1700x1065/984x0/smart/filters:strip_icc()/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/11/09/brazil-australia-mine-accident_douglas_magno_afp-4.jpg)
Bombeiro resgata um cachorro que estava preso na lama em Paracatu de Baixo, no interior de Minas Gerais. (Foto: Douglas Magno/AFP)
![Destroços de construções são vistos em meio a lama após o rompimento de uma barragem de rejeitos da Samarco. (Foto: Felipe Dana/AP) Destroços de construções são vistos em meio a lama após o rompimento de uma barragem de rejeitos da Samarco. (Foto: Felipe Dana/AP)](https://s2.glbimg.com/lgZgwz4RD0Z1CfPJd2t_M1a9Ias=/0x0:1700x1065/984x0/smart/filters:strip_icc()/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/11/06/brazil_dam_bursts_felipe_dana_ap-3.jpg)
Destroços de construções são vistos em meio a lama após o rompimento de uma barragem de rejeitos da Samarco. (Foto: Felipe Dana/AP)