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Os educadores das Umeis têm salário inicial de R$ 1,4 mil e pedem a equiparação com os profissionais do ensino fundamental, que ganham R$ 2,1 mil. Após assembleia na Praça da Estação e a decisão de continuar o cruzar os braços, os servidores seguiram para a Praça Sete, passando pela Rua dos Guaicurus, Rua da Bahia e Avenida Amazonas.
Em frente à sede da prefeitura, eles fecharam os dois sentidos da Afonso Pena, o que provocou congestionamento nas principais vias da região. Os militares acompanharam o protesto e, segundo o responsável pela comunicação da polícia, major Flávio Santiago, houve diálogo com o grupo por cerca de 1h20 para a liberação da avenida.
“Depois de vasta negociação, houve necessidade de uso diferenciado da força, mas não há nenhum perigo. São instrumentos de menor potencial ofensivo, exatamente para que possam causar a dispersão”, afirma Santiago.
Uma das manifestantes que se identificou como Lisa, criticou a atitude da PM. “É um absurdo esse tratamento. Eu estudo, tenho mestrado, sou pós-graduada e recebo R$ 1.400 e pouco. Isso é muito desumano, chamarem polícia com gás lacrimogêneo. Tem senhora idosa, tem criança”, declarou.
A professora Derly, da Escola Municipal Maria Sales Ferreira, disse que os professores organizaram um protesto pacífico. “Estávamos sentadas no chão, desarmadas. [Havia] crianças, mulheres grávidas, a polícia reagiu com truculência. Não estamos querendo menos do que o nosso direito”, comentou.
O major Flávio Santiago ponderou que a PM não é contra qualquer movimento. “Ela é uma instituição garantidora daquilo que prevê a Constituição. Não podemos deixar que outras pessoas tenham seus direitos e suas vidas desestabelecidas por questões que não se alinham ao que é previsto na Constituição. Não dá para fechar uma via como a Afonso Pena nos dois sentidos”, argumentou.