Dois empates e uma derrota, aproveitamento de 22% e uma constatação: o Cruzeiro faz até aqui sua segunda pior participação na história na fase de grupos da Copa Libertadores da América. Na edição 2018 foram dois empates e uma derrota.
Não só os resultados nas três primeiras partidas mostram um Cruzeiro diferente daquele que a torcida imaginou na competição continental. Com problemas ofensivos o ataque da Raposa também está em dívida no torneio. Foram apenas dois gols, o que representa a segunda pior média do clube na história.
A atual campanha da Raposa só não é pior do que a de 1997, quando o time celeste perdeu as três primeiras partidas do turno e marcou apenas um gol.
Campanha ruim com título
Apesar da campanha de 1997 ter sido um desastre no primeiro turno o Cruzeiro conseguiu o título naquele ano após uma campanha de recuperação. E é isso que os jogadores e o técnico Mano esperam na segunda metade da fase de classificação.
“A Libertadores é assim, são jogos grandes, decididos em pequenos detalhes. E para que os pequenos detalhes estejam a favor do Cruzeiro na quinta-feira, precisamos desse ambiente. Se faltar futebol, temos que ter esse ambiente (O torcedor). Pode ter certeza, pode ir ao Mineirão, vamos devolver ao torcedor o orgulho de ver o time jogando lá dentro”, disse Mano Menezes após a derrota por 1 a 0 para o Fluminense.
Mobilização
Na tarde desta segunda-feira o Cruzeiro, por meio de suas redes sociais, iniciou campanha de convocação do torcedor para a decisão de quinta contra a Universidad de Chile-CHI, jogo marcado para as 19h15, no Mineirão.
“Já passamos por situações complicadas e conseguimos virar o jogo. Quinta-feira, não será diferente! Todos juntos num Mineirão lotado buscando a vitória! É Libertadores, Nação Azul! Bora todo mundo jogar junto!”, publicou o clube celeste em sua conta no Twitter.
A postagem gerou reclamações dos torcedores, que lembraram também que naquela edição do torneio o técnico foi trocado. No início da competição Oscar Bernardi era o treinador, substituído por Paulo Autuori.
“Em 97 o que faltava na técnica, compensavam na raça e a torcida reconhecia isso. Bem diferente do time atual. A classificação é possível, mas tem q fazer por onde, o histórico não entra em campo”, respondeu um dos torcedores.
“Já que a parada é superstição, pra dar certo tem que mandar esse covarde, fraco e arrogante treinador embora. Pois em 97 também trocamos de treinador”, disse o torcedor Tiiago Custódio.
Mesmo com o torcedor na bronca, é com ele que Mano Menezes espera contar na quinta.
“O time do Cruzeiro junto com o torcedor sempre foi forte. E acho que merecemos isso desde o ano passado, quando nos sagramos campeões da Copa do Brasil, contra grandes adversários, em jogos muito duros, em que vencemos na nossa casa. Sabemos a receita de como estar bem. O futebol não tem garantias de vitória, mas tem garantias de ambiente”, completou.