Minas Gerais tem 12,48 milhões de pessoas declaradas pretas ou pardas, população que supera o número de brancos, 8,5 milhões, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (26). E além de ser maioria, houve um ainda um aumento entre 2012 e 2017, de 27,8% de pessoas declaradas pretas e de 7,4% de pessoas declaradas pardas. No mesmo período, o número de brancos caiu 5,8%.
A pesquisa ainda mostra que a população cresceu nos últimos cinco anos. Em 2017, 21,1 milhões de pessoas moravam em Minas, ao passo que em 2012 eram 20,4 milhões, uma variação acumulada de 3,3%. Dessa forma, o Estado compreende 10,2% da população brasileira, atrás apenas de São Paulo, com uma população estimada de 45,1 milhões.
Quanto ao sexo, em 2017, os homens representavam 48,7% da população mineira e as mulheres 51,3%, percentuais próximos aos verificados no Brasil (48,4% de homens e 51,6% de mulheres). Entre as Unidades Federativas, a maior proporção de homens foi observada no estado do Tocantins (50,4%) e a maior proporção de mulheres no Distrito Federal (52,9%). No município de Belo Horizonte, as mulheres representavam 53,1% da população total, percentual superior, portanto, ao da média estadual.
Com relação ao envelhecimento da população, houve redução do percentual de homens nas faixas etárias mais jovens (de 10 a 14 anos) e um aumento do ercentual de homens em todas as faixas a partir da faixa de 50 a 54 anos. Para as mulheres, em relação a 2012, houve redução do percentual na faixa de 30 a 34 anos de idade, exceto para a faixa de 0 a 4 anos, que se manteve estável na comparação dos dois anos.
No Estado, assim como verificado para o país, a população masculina apresentou um padrão mais jovem que a feminina. Entre as mulheres, 16,7% tinham 60 anos ou mais, em 2017; enquanto que entre os homens esse percentual era de 13,9%.
Em Minas Gerais, considerando a população total, em 2012 o grupo das pessoas de 60 anos ou mais de idade representava 13,4% da população estadual, enquanto em 2017 este percentual cresceu para 15,4% da população residente. No país, a participação desse grupo etário evoluiu de 12,8% para 14,6% no mesmo período. Por outro lado, a parcela de crianças de 0 a 9 anos de idade na população residente, em Minas Gerais, passou de 13,0% para 12,1%, neste mesmo período, enquanto no Brasil passou de 14,1% para 12,9%.
Posse
O acesso à Internet no domicílio alcançou 72,1% em Minas, sendo que 70,4% de pessoas que faziam acesso por meio de telefone celular, 40,9% no microcomputador, 10,0% na TV, 9,6% no tablet e 1,8% por meio de outro equipamento. Na RMBH (84,2%) e no município de Belo Horizonte (87,8%) o acesso à Internet no domicílio por parte de algum morador foi mais elevado em relação à média estadual. Entre as capitais, apenas Florianópolis (89,2%), Brasília (88,4%) e Goiânia (88,3%) possuíam um percentual de domicílios com acesso à Internet superior ao município de Belo Horizonte, enquanto Maceió (72,4%) e Rio Branco (73,1%) apresentaram os menores percentuais. O acesso à Internet no Brasil ficou em 70,5%, em 2017.
Em 2017, verificou-se também que, em 93,3% dos domicílios mineiros, pelo menos um morador possuía telefone móvel celular, enquanto que telefone fixo convencional era encontrado em apenas 32%. No ano anterior, os percentuais foram: em 92,1% pelo menos um morador possuía telefone móvel celular e 33,7% telefone fixo convencional. No país, esses percentuais, em 2017, eram de 92,7% e 32,1%, respectivamente.
Com relação à TV, em 49,5% dos domicílios pesquisados, havia apenas TV de tela fina; em 31,5% apenas TV de tubo; e em 16,3% ambas. Já a geladeira foi um item encontrado em quase a totalidade dos domicílios, com um percentual de 98,4% em Minas Gerais e 98,1% no Brasil. E a máquina de lavar roupa foi encontrada em 61,5% das residências mineiras.
Quanto ao meio de transporte no Estado, o percentual de domicílios que possuíam carro foi de 51,9%; motocicleta, 23,4%, e 13,8% dos domicílios possuíam ambos. Já no Brasil, 47,6% dos domicílios possuíam carro, 22,4% motocicleta e 10,8% ambos.