O mesmo placar que o Palmeiras teve que engolir no Brasileirão, domingo passado (29) diante da Chapecoense também foi o digerido pelo Atlético na noite desta quarta-feira (2), mas pela ida das oitavas da Copa do Brasil. Um 0 a 0 amargo para o Galo, que dominou o jogo e não conseguiu quebrar a proposta defensiva do time catarinense no Independência.
Daqui duas semanas, em 16 de maio, haverá o jogo de volta e decisivo para a vaga nas quartas de final. Qualquer placar de empate, independente de gol marcado como visitante, levará a disputa para os pênaltis. O vencedor do cofronto na Arena Condá também será o dono do lugar na próxima fase.
JOGO TRUNCADO E RECLAMAÇÃO DE PÊNALTI
Com uma proposta claramente defensiva, escalando quatro volantes de origem na linha logo à frente da defesa, a Chapecoense montou um paredão para o ataque do Atlético. A posse de bola no primeiro tempo gerou poucas chances claras de gol para o Galo.
Mantendo a pegada da vitória contra o Corinthians, com roubadas de bola em série, o jeito para o time da casa foi explorar o lado de campo com Otero e Róger Guedes. Mas ambos não tiveram espaços nem para as arrancadas do primeiro, nem para os chutes do segundo.
A melhor oportunidade atleticana no primeiro tempo foi numa reclamação de pênalti do camisa 23, que alegou ter sido derrubado por Apodi nas costas, em lançamento longo de Patric. Enquanto estava caído e via o árbitro mandar o jogo seguir, Guedes acompanhou Ricardo Oliveira pegar o rebote e quase marcar.
A bola saiu, e o ponta-esquerda logo “estourou a cabeça” reclamando da não marcação de pênalti, sendo apartado pelo árbitro enquanto “soltava os cachorros” para cima do bandeirinha.
A Chape, só com Wellington Paulista e Arthur Caike atacando, não deu trabalho para Victor, exceto num cruzamento venenoso de Bruno Pacheco, o lateral-esquerdo da equipe catarinense.
OFENSIVIDADE, E NOVA RECLAMAÇÃO
Com as mesmas formações, Atlético e Chapecoense mantinham o roteiro da partida. O Galo tentando furar o esquema defensivo eficiente dos catarinenses. Mas numa falha de saída de bola, o Atlético teve outra chance de marcar.
Luan, novamente jogando como meia central, roubou mais uma bola na partida e deu um belo passe de três dedos para Blanco, que se infiltrava no espaço vazio da entrada da área ofensiva. Mas o camisa 30 chutou muito por cima.
Chegando na metade de etapa final, com as duas equipes encontrando um jogo truncado, ambos abriram mão de volantes para jogadores mais ofensivos. Thiago Larghi colocou Cazares e Elias no lugar de Adilson e Blanco. Gilson Kleina não ficou atrás e jogou Guilherme, ponta ex-Botafogo e Grêmio, na vaga de Canteros.
A segurança defensiva do Atlético sofreu um susto, quando Luan perdeu a bola para W. Paulista e foi obrigado a fazer a falta, amarelado. Mas Cazares em campo era sinal de melhor visão de jogo. O equatoriano deu um passe milimétrico em infiltração de Róger Guedes, num ataque em que houve nova reclamação de pênalti (suposto toque na mão). No mesmo lance, Patric chutou cruzado, quase de costas para o gol, e a bola passou perto.
A Chape melhorou com as mudanças, e chegou com perigo numa cobrança de falta mal afastada por Róger Gueddes. No rebote, Wellington Paulista fez Victor fazer uma grande defesa, sujando o uniforme, finalmente.