O percentual de revisão tarifária da conta de luz deve ser conhecido no dia 22 de maio, quando a diretoria da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vai participar de uma reunião com representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O aumento vai entrar em vigor no próximo dia 28, com valores diferenciados para todas as categorias de clientes. Assim, grandes indústrias (mercado livre), residências, comércio e médias e pequenas empresas já vão pagar mais a partir de julho. A expectativa é de reajuste médio em torno de 25%
Segundo o diretor de Distribuição e Comercialização da Cemig, Ronaldo Gomes de Abreu, do total dessa correção que é realizada a cada cinco anos, apenas 4% ficam para a distribuidora. O restante é destinado para custos de energia, de transporte e encargos das políticas públicas federais para o setor elétrico.
Aumento Anual
O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Cemig, Maurício Fernandes, adiantou que, além da revisão tarifária, ainda há uma correção anual do serviço, que considera a taxa da inflação e custos de energia, dentre outros. Esse percentual ainda não foi definido pela estatal. “Em 2017, essa correção foi negativa em 10%”, enfatizou.
Nos últimos cinco anos, a Cemig investiu R$ 5 bilhões em novas redes de distribuição, estações, sub-estações e religadores, para aumentar a qualidade e a continuidade do fornecimento de energia elétrica. A cada ano, a empresa aumenta em 200 mil o seu número de clientes.
Para reverter uma perda comercial de 7,63%, a estatal vai ampliar a capacidade operacional do Programa de Controle à Inadimplência em 30%. As inspeções locais também vão continuar, para coibir as instalações fraudulentas (gatos). “É uma questão cultural que tem que ser combatida porque quem não paga, eleva a conta dos demais”, disse.
1º trimestre
A Cemig apresentou ontem o balanço do primeiro trimestre deste ano. Segundo o relatório, o lucro líquido da companhia foi de R$ 465 milhões, com crescimento de 35,6% no comparativo com o período de janeiro a março de 2017. As despesas com Pessoal, Material, Serviços e outros (PMSO) caíram R$ 49 milhões, ante o ano anterior e há um grande esforço da estatal para reduzir a dívida da companhia.
“A redução da taxa de juros Selic gerou uma queda de R$ 171 milhões de encargos de financiamento e o saldo devedor foi reduzido em R$ 700 milhões no período”, afirmou o diretor.
O plano de desinvestimentos continua a todo vapor. O edital para o leilão da Cemig Telecom será divulgado ainda em maio. Está em curso, também, a transferência de 51% das ações da Companhia Centroeste de Minas Gerais S.A (Centroeste) para a Taesa.