No sétimo dia de greve dos caminhoneiros no Brasil, dezenas deles fizeram um buzinaço pelas ruas de Itabira, na tarde deste domingo (27).
Por volta das 14h30 a mobilização que começou pelas redes sociais saiu do Praia e percorreu diversos outros bairros da cidade.
Apesar dos transtornos provocados pelo movimento grevista também no dia a dia dos Itabiranos, por onde os caminhoneiros passaram eles foram muitas vezes aplaudidos por moradores, numa manifestação de apoio. A fila de caminhões e carretas só parou ao chefar na rodovia MG-129, altura do bairro Chapada, onde caminhoneiros em greve ocupam o acostamento desde o primeiro dia de greve.
Durante a semana um protesto de motoristas de Escolar também chamou a atenção pelas ruas da cidade, ambos em apoio ao movimento grevista nacional.
Desde o início da greve os Itabiranos estão tentando driblar os reflexos negativos da greve, como o desabastecimento de postos combustíveis, supermercados, hortifrutis, além da distribuição de insumos em hospitais, escolas e indústrias.
Devido ao desabastecimento de combustível em virtude do movimento de paralisação dos caminhoneiros, o prefeito de Itabira, Ronaldo Magalhães (PTB), decretou ponto facultativo na Prefeitura – Unidades Básicas de Saúde (UBS), setor administrativo do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e escritório central da Empresa de Desenvolvimento de Itabira (Itaurb), além das escolas da rede municipal, até a próxima terça-feira, dia 29.
O transporte público da cidade também sofre com as consequências da greve e adotou medidas extremas para tentar manter o serviço para mais de 30 mil usuários dos ônibus coletivos. Neste domingo (27), os ônibus nem sequer saíram da garagem e amanhã voltarão a rodar em horários reduzidos.
Na indústria, desde a última quinta-feira (24), a mineradora Vale adotou uma medida de contingência e dispensou de suas atividades funcionários dos setores administrativos nos complexos operacionais da Diretoria de Operações Corredor Sudeste em Minas Gerais, incluindo as minas em Itabira, Água Limpa, Mariana e Brucutu, Paraopeba, e Vargem Grande.
Até o comércio lojista sente os impactos da crise, e só não fecharam as portas neste sábado (26), por orientação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Escolas particulares também estão cancelando as aulas e há cinco dias todos os postos da cidade estão fechados, sem combustíveis. As distribuidoras de gás de cozinha também estão com os estoques zerados.
O Governo Federal segue em reuniões permanentes com representantes dos caminhoneiros visando encerrar o movimento grevista que completa uma semana.