Jatos israelenses bombardearam a Faixa de Gaza durante horas, após militantes do território dispararem nesta terça-feira (29) 25 morteiros em comunidades no sul israelense, no que parece ter sido a maior ação do tipo desde a guerra entre o Hamas e Israel, em 2014. As Forças Armadas israelenses disseram que ninguém se feriu por causa dos morteiros e que a maioria foi interceptada pelo sistema de defesa. Um deles, porém, caiu perto de uma escola infantil pouco antes de que ela começasse a funcionar.
O alto volume de projéteis ocorre em meio a tensões na fronteira. “Israel cobrará um alto preço para aqueles que buscam prejudicá-la e veem o Hamas como responsável por evitar tais ataques”, comentou o premiê israelense, Benjamin Netanyahu.
Agentes de segurança de Israel afirmaram que bombas foram lançadas sobre o que seria um local de treinamento do grupo Jihad Islâmica. Ainda não há informações sobre feridos. Um líder do Jihad Islâmica em Gaza, Khaled al-Batsh, defendeu que o grupo tem o direito de responder aos “crimes sionistas”.
A área fronteiriça tem registrado tensão nas últimas semanas, enquanto os palestinos realizam grandes protestos para tentar acabar com o bloqueio imposto por Israel e Egito após o Hamas chegar ao poder. Israel já matou mais de 110 palestinos, a maioria durante protestos liderados pelo Hamas, ocorridos também por causa da instalação da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém. Os palestinos querem Jerusalém Oriental como parte de sua futura capital independente.