A assembleia geral do grupo de petróleo francês Total foi invadida nesta sexta-feira, (1), por dezenas de militantes que protestaram contra projetos de perfuração no Brasil.
Apesar do grande dispositivo de segurança, os militantes do Greenpeace e da ONG ANV-COP21 invadiram a assembleia geral dos acionistas, que foi temporariamente suspensa. Vários deles subiram na tribuna e quatro se penduraram, com cordas, no teto do Palácio do Congresso, em Paris, onde acontecia a reunião.
Eles levavam bandeirolas com as frases “Salvem os recifes da Amazônia”, ou “Libertem-nos do petróleo”.
Outros ativistas gritavam “totalmente irresponsáveis”, ou apitavam.
Uma militante subiu na tribuna para falar a convite do CEO da Total, Patrick Pouyanné.
“Temos uma mensagem importante para transmitir”, declarou ela, em meio ao barulho e à confusão.
Depois de cerca de 40 minutos de interrupção, Patrick Pouyanné retomou a ordem do dia e começou a pronunciar seu discurso, enquanto os militantes ainda estavam presentes e continuavam a fazer barulho.
O Greenpeace reivindica a proibição das perfurações no Brasil e na Guiana, onde há, segundo a ONG, um recife de corais único.
A ONG já havia enviado uma equipe científica a bordo de um navio e, em meados de abril, disse ter descoberto na foz do Amazonas “a presença de uma formação de recifes composta de rodolitas no lugar em que a Total pretende perfurar poços de exploração de petróleo”.
Na terça-feira, (29) o Ibama pediu à Total para rever seu projeto, ao considerar os estudos de impacto ambiental “insuficientes”.