Pelo menos seis pessoas morreram, incluindo um cidadão norte-americano, após os confrontos deste sábado na Nicarágua, adiantou a agência France Press, citando a Associação local para a Proteção dos Direitos do Homem (ANPDH).
Os protestos contra o presidente Daniel Ortega iniciaram-se a 18 de abril e degeneram em confrontos violentos com as autoridades. Mais de 110 pessoas já perderam a vida.
Um ativista antigoverno escondeu-se atrás de uma máscara para dizer aos jornalistas que “as pessoas estão cansadas e não querem nada mais da Rosário e do Daniel Ortega”, respetivamente mulher e marido, vice-presidente e presidente da Nicarágua.
El departamento de Masaya fue blanco de ataques de antimotines y turbas que dejaron muertos, heridos y decenas de detenidos https://t.co/LicuUq4Cva
— La Prensa Nicaragua (@laprensa) 3 de junho de 2018
“Não nos vamos render” avisou o manifestante.
Os confrontos deste sábado tiveram maior incidência em Masaya, uma cidade cerca de vinte quilómetros a sul da capital e tida como um dos últimos bastiões sandinistas. Ali, registaram-se cinco mortos.
A vítima norte-americana é um homem de quarenta e oito anos, identificado como Sixto Henry Vera, proprietrio de um bar-restaurante e no meio da celebração do próprio aniversário terá sido alegadamente atraído para uma emboscada em Manágua.
A embaixador norte-americana na Nicarágua, Laura Dogu, disse que a morte de um compatriota gerou “grande preocupação” em Washington.
Escritório de Direitos Humanos #ONU preocupado com mortes/prisões em protestos realizados na Nicarágua contra o presidente Daniel Ortega. Desde 18 de abril, 100 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas. https://t.co/ORVCw10QBf pic.twitter.com/tksWVMnNCy
— Nações Unidas (@NacoesUnidas) 3 de junho de 2018
*Euronews