EXAME
São Paulo – As ações da Petrobras abriram o pregão em alta na manhã desta segunda-feira. Os papéis preferenciais registravam ganhos de 7,30% e os ordinários de 7,36%.
Na sexta-feira (01), as ações chegaram a cair 20%, após Pedro Parente comunicar sua demissão do cargo de presidente da estatal.
Ainda na sexta-feira, a Petrobras indicou Ivan Monteiro para substituir Parente, como presidente interino. Monteiro é o atual diretor executivo da Área Financeira e de Relacionamento com Investidores da estatal. Segundo a empresa, ele acumulará as duas funções.
Em relatório enviado, a Coinvalores afirmou que apesar do perfil técnico de Ivan Monteiro ainda há muitas dúvidas com relação a sua gestão, “sobretudo no que tange a autonomia.”
Já a Guide Investimentos afirmou que a escolha de Monteiro é bem visto pelo mercado, já que ele é dos principais responsáveis pela recuperação operacional da companhia, e de eficiência, da companhia.
Em relatório, a Guide Investimentos afirmou ainda que Monteiro é um dos responsáveis pela implementação da nova política de preços, além de contar com resultados favoráveis em relação à redução do endividamento da estatal.
“O programa de venda de ativos ganhou tração desde a chegada de Monteiro, totalizando 13,6 bilhões de dólares no final de 2016, e 4,5 bilhões de dólares em 2017. Assim, a gestão de Monteiro na Petrobras deve ser de continuidade.”
Recomendação das ações
Sobre a recomendação das ações, a Guide Investimentos recomenda cautela, porque existe a possibilidade de interferência política na gestão da empresa, e novas alterações na fórmula da nova política de preços. “É algo que tende a pressionar os papéis no curto.”
A Coinvalores destaca que as ações da companhia tendem a manter a elevada volatilidade no curto prazo, dado a maior percepção de risco e as inúmeras incertezas na seara política.
Política de preços
Sobre a política de preços da Petrobras, uma matéria publicada pelo Valor Econômico, afirma que a nova gestão da companhia sob comando de Monteiro informou que aceita rediscutir o reajuste diário da gasolina e alongar a periodicidade das mudanças de preços do combustível ao consumidor.
Entretanto, segundo fontes ouvidas pelo jornal, a estatal impõe duas condições para essa rediscussão: que a empresa não perca o lastro nos preços internacionais e que ela seja protegida contra a importação nos períodos em que a cotação do mercado externo estiver abaixo da vigente no Brasil.