O município de Catas Altas, a 86,1km de Itabira, possui 101 propriedades agropecuárias de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número é 120% maior do que em 2007, última edição da pesquisa, quando foram registrados 42 estabelecimentos.
Os dados da 11ª edição do Censo Agropecuário foram coletados entre outubro de 2017 e fevereiro de 2018 e divulgados preliminarmente em junho deste ano.
“Entram neste Censo todas as propriedades que, de fato, produzem produtos agropecuários, como vinhos, leite, queijos, hortaliças e outros. Esse mapeamento será de grande utilidade para nosso município, pois conseguiremos identificar com mais precisão nossos produtores e, com isso, propor ações que visam melhorar as condições nestas localidades. Além disso, muitos recursos que recebemos dependemdos dados fornecidos pelos censos”, destaca o prefeito José Alves Parreira.
Além do número de propriedades, distribuídas em 9.930,19 hectares, o Censo também trouxe alguns dados sobre a produção agropecuária no município em um ano. Foram contabilizados, por exemplo, 51,36 hectares de lavouras de Cana-de-açúcar; 4.922.930 pés de eucalipto; 4.250 bananeiras; 1.791 cabeças de boi com produção de 845.410 litros de leite; e 2.655 galinhas, galos e frangos com produção de 18.988 dúzias de ovos.
No mesmo período, as propriedades agropecuárias pesquisadas produziram 29.690 quilos de queijo e requeijão; 2.255 quilos de quitandas; 2.036 quilos de doces e geleias; 85.600 litros de aguardente de cana; 4.498.000 quilos de carvão vegetal; 8.868 litros de vinho e 716,40, de licores; 2.464 rapaduras; e 1.300 quilos de fubá de milho.
De forma paralela, o Censo ainda mapeou as estradas do município, levando em consideração os percursos feitos pelos recenseadores. “Em um futuro próximo, o IBGE pretende disponibilizar também estas informações. Isso vai ajudar muito no trabalho da Prefeitura”, explica o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Reginaldo Nascimento.
Os dados completos serão divulgados até o final do ano pelo IBGE.
Agilidade nos resultados – Toda a pesquisa deste ano foi feita com a utilização de equipamentos que permitiram a coleta e o envio dos dados em tempo real. “A tecnologia agilizou muito o conhecimento dos resultados. Isso foi um ganho. Além disso, uma comissão formada por membros do executivo e do legislativo também contribuíram, conferindo e identificando as propriedades que, por algum motivo, não estavam incluídas. Com certeza, teremos um diagnóstico muito preciso da atual situação agropecuária de Catas Altas”, completa Nascimento.
O secretário explica ainda que os responsáveis pelo Censo acreditavam que a cidade tinha em torno de 63 estabelecimentos agropecuário. “A coleta ficou bem acima do que era esperado porque em 2007, quando foi feita última pesquisa, não houve muita adesão”, destaca o secretário.
As informações geradas pelo Censo permitem conhecer as características e a produção de todos os estabelecimentos agropecuários do território brasileiro. Os dados possibilitam a avaliação de políticas públicas como, por exemplo, a de redistribuição de terras. Elas permitem, ainda, estudos a respeito da expansão das fronteiras agrícolas, da dinamização produtiva ditada pelas inovações tecnológicas, e enriquecem a produção de indicadores ambientais. Propiciam também análises sobre transformações decorrentes do processo de reestruturação e de ajustes na economia e de seus reflexos sobre o setor.