Cinco militares do Corpo de Bombeiros de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, retomaram as buscas pelas vítimas da queda do helicóptero PR-JMB, que se acidentou na noite de sábado, em Espírito Santo do Dourado, na mesma região. Na aeronave, que saiu de Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, estavam o piloto Luiz Gustavo Soares e o empresário Márcio Bissoli.
Helicóptero cai no Sul de Minas; pelo menos duas pessoas morreram
Mulher de piloto suspeita que vítimas saltaram do helicóptero antes da explosão
Em nota, o Seripa III pontuou que os profissionais executaram a chamada “Ação Inicial”. De acordo com o órgão, o procedimento é o primeiro passo do processo de investigação, com objetivo de coletar dados. A apuração tem como principal foco “prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram”.
Segundo o capitão bombeiro Ivan Neto, que esteve no local da queda, técnicos do Seripa III chegaram por volta das 16h. Depois dos trabalhos periciais, foi iniciada a remoção de peças maiores, como motores, o rotor principal e parte do painel da aeronave. Os trabalhos foram encerrados por volta das 19h de ontem. Militares acreditam que o aparelho tenha se chocado de frente com a montanha, abrindo uma cratera, e que possa haver vítimas sob as ferragens.
Juliana Hipólito, mulher do piloto que estaria no comando da aeronave no momento do acidente, disse aos bombeiros que suspeita de que os ocupantes possam ter pulado do helicóptero antes da explosão.
Juliana Hipolito também é piloto e disse ter obtido informações, por meio de imagens de câmeras de segurança do heliponto em Nova Lima, de que apenas duas pessoas embarcaram na aeronave. De acordo com ela, os ocupantes seriam seu marido, Luiz Gustavo Soares, e o empresário Márcio Bissoli. Inicialmente, chegou-se a trabalhar com a informação de quatro pessoas a bordo, com base em dados do plano de voo.
O tenente Pedro Aihara, do Corpo de Bombeiros de Minas, ressalta a dificuldade de obter informações sobre os ocupantes, devido às circunstâncias do acidente. “Os bombeiros trabalham revirando a fuselagem da aeronave, mas o estado do local devido às chamas dificulta muito”, afirmou.
A aeronave partiu de Nova Lima, na Grande BH, às 17h30 de sábado, com destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Teria apresentado problemas mecânicos durante o voo, entre Pouso Alegre e Espírito Santo do Dourado, no Sul de Minas, onde ocorreu a queda. O aparelho modelo A 109S, fabricado pela empresa italiana Agusta e de prefixo PR-JMB, está alienado por uma instituição bancária e, de acordo com o Registro de Aeronavegabilidade Brasileiro (RAB), era operada pela Brauminas Logística e Transporte. Anteriormente, o Grupo JBS era o operador, mas teria arrendado o aparelho, cuja sigla do prefixo JMB seria referência ao nome do empresário Joesley Mendonça Batista.