O governador Fernando Pimentel anunciou, junto ao prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, novas estratégias de enfrentamento aos ataques de ônibus na capital e no interior do estado, em resposta aos últimos incidentes na cidade. Em coletiva à imprensa realizada nesta quarta-feira (27/6), na sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Fernando Pimentel explicou que, a partir de agora, os mineiros poderão denunciar suspeitas de crimes desse tipo por meio do canal Disque Denúncia Unificado (181), já existente.
“Nós vamos ativar um canal dentro do 181 exclusivo para denúncias desse tipo. A comunidade poderá denunciar quando suspeitar que alguém está planejando um atentado desse tipo, e imediatamente nós vamos tomar providências. Nós estamos criando toda rede possível para que esse tipo de delito seja reduzido ao mínimo, seja zerado, para não prejudicar a população de Belo Horizonte”, afirmou.
Segundo o governador, Minas Gerais reconhece a seriedade da questão e garantiu que “não vai tratar o assunto como os demais estados do país”. Além do canal 181, permanecem as ações de monitoramento da Polícia Militar nas ruas e junto aos roteiros dos ônibus, entre outras iniciativas. “Nós estamos estabelecendo uma rede de prevenção. Já fizemos reuniões com praticamente todas as garagens de ônibus da cidade para que eles nos dessem o roteiro das linhas e os pontos mais críticos. Com isso, os Batalhões e as Companhias de Polícia que atuam em Belo Horizonte estão fazendo esse trabalho de prevenção seguindo o roteiro dos ônibus”, afirmou.
De acordo com Pimentel, de janeiro a junho de 2017, apenas na capital, foram registrados pela Polícia Militar o incêndio de 20 ônibus. No mesmo período deste ano foram registrados 14 fatos. “Um ataque já é muito. O objetivo nosso é zerar, é não ter nenhum. Mas para isso nós temos que contar com a colaboração também da comunidade”, ressaltou.
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, agradeceu o apoio do governo estadual na área de segurança pública e endossou a importância de a população colaborar denunciando possíveis ataques a ônibus. “A comunidade vai ter que tomar conta, junto à Polícia Militar e a Guarda Municipal, e denunciar. Precisamos também da proteção da população”, disse.
Na avaliação do comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Coronel Helbert Figueiró, os últimos fatos em Belo Horizonte são uma “retaliação” à atuação efetiva da Polícia no Estado. “Em Belo Horizonte, esses casos decorrem de intervenções da PMMG, como, por exemplo, depois de grandes episódios de apreensão de drogas”, disse.
Participaram da reunião e da coletiva ainda o presidente da BHTrans Célio Bouzada, o secretário municipal de Segurança e Prevenção de Belo Horizonte, Genílson Zeferino, o comandante da Guarda Municipal de Belo Horizonte, Rodrigo Prates, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH), Joel Jorge Guedes Paschoalin, o Comandante do Policiamento da Capital,Coronel Anderson de Oliveira, e o chefe do Gabinete Militar do Governo e Coordenador Estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Arantes.