Pela sétima semana consecutiva os analistas do mercado financeiro elevaram a previsão de inflação para 2018. Desta vez, de 4% para 4,03%.
A expectativa dos analistas está no mais recente relatório de mercado, também conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Banco Central. O relatório ouve instituições financeiras sobre as previsões de PIB, inflação e outros indicadores econômicos.
Para 2019, os economistas mantiveram a previsão de inflação em 4,1% e em 4% para 2020 e 2021.
PIB
Depois de reduzir a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) por oito semanas consecutivas, os analistas mantiveram a expectativa de que o PIB de 2018 vai crescer 1,55%. Há um mês, a estimativa de crescimento da economia, para este ano, estava em 2,18%.
Para 2019, a expectativa do mercado para expansão da economia recuou de 2,60% para 2,50%, na quarta redução seguida. Para 2020 e para 2021 a previsão é que a economia cresça 2,5%.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,5%. Em 2017, cresceu 1% e encerrou a recessão no país.
As previsões econômicas para 2018 pioraram principalmente após a greve dos caminhoneiros. A avaliação do mercado é que a greve vai impactar tanto no crescimento econômico quanto na inflação. Nos dias de greve e nos dias seguintes, o país sofreu com o desabastecimento e com a alta no preço de vários produtos como combustível, gás de cozinha e alimentos.
Na semana passada o BC reduziu sua previsão oficial de crescimento da economia em 2018 de 2,6% para 1,6%.
Taxa de juros
Os analistas do mercado financeiro também mantiveram em 6,50% ao ano a previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018.
Com isso, o mercado estima que a taxa de juros fique estável no atual patamar de 6,50%.
Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Isso significa que os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.
Já para 2020 e 2021 a previsão é de manutenção da taxa em 8% ao ano.
Câmbio, balança e investimentos
De acordo com o relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,65 para R$ 3,70 por dólar. Para o fechamento de 2019, a previsão para o dólar permaneceu em R$ 3,60. A previsão do dólar para o fechamento de 2020 foi mantida em R$ 3,60 e, para o fechamento de 2021, em R$ 3,70.
A projeção do boletim Focus para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2018, subiu de US$ 57,31 bilhões para US$ 58,28 bilhões de resultado positivo.
Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit ficou estável em US$ 49,7 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, caiu de US$ 70,5 bilhões para US$ 70 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas caiu de US$ 78,30 bilhões para US$ 76,60 bilhões.