Representantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apresentaram no último dia 28 de junho o projeto inicial para construção do maior telescópio para uso educacional da América Latina em Catas Altas.
A reunião serviu para fazer alguns ajustes na proposta e para informar a próxima etapa, que será a elaboração dos projetos executivos para dimensionamento dos custos e de início da obra. Estiveram presentes autoridades do executivo, além da equipe da UFMG e do proprietário do terreno que será cedido para a implantação da estação de observação.
De acordo com o projeto inicial, o local deverá ser entregue à comunidade no segundo semestre de 2020 e será usado por vários departamentos da Universidade (que não conta atualmente com um espaço deste tipo), além da comunidade local que poderá participar de minicursos e outras atividades. A expectativa será a de receber cerca de três mil alunos por mês assim que estiver em funcionamento.
A estação de observação espacial será implantada em um terreno de 17 mil metros quadrados e terá área construída de 2400 metros quadrados.
Neste espaço, estão previstos duas cúpulas para observação, sendo uma delas com tecnologia de acesso remoto pela internet; auditório com capacidade para 300 pessoas; duas salas multiusos com 50 lugares cada uma; estacionamentos para 200 carros e outro para ônibus e vans; terraço descoberto para observação de astros em telescópio portáteis; espaços para exposições e eventos; sala para atividade de física fácil; loja de souvenirs; lanchonete; sala de trabalho administrativo, com infraestrutura para serviços de limpeza, almoxarifado; e dormitórios para pesquisadores e alunos, sendo dois quartos na ala masculina e dois, na feminina.
A ideia é que a construção seja feita para que os espaços funcionem de forma sustentável e tenham as condições adequadas de acessibilidade.
De acordo com o professor do Departamento de Física da UFMG e Coordenador do grupo de astronomia da universidade, Renato Las Casas, Catas Altas foi escolhida para sediar a estação de observação “pela boa qualidade do céu e sua proximidade com a cidade de Belo Horizonte”.
Além disso, foi levada em consideração a tendência turística do município ligada ao uso do observatório e a possível expansão da UFMG com a implantação de cursos técnicos para a região.
“Esse projeto irá trazer um benefício gigantesco para nossa cidade. Ele é multidisciplinar, envolvendo diversas áreas, como o turismo e a educação. Além disso, vai envolver nossa comunidade, principalmente, nossos adolescentes e jovens que poderão ter uma ocupação”, ressalta o prefeito José Alves Parreira.
O vice-prefeito Fernando Rodrigues Guimarães completa que a economia local também será muito beneficiada. “Conseguiremos criar uma nova fonte de renda para o município, através do turismo pedagógico e de toda a movimentação que, direta e indiretamente, ele vai acabar gerando”, explica.