O cantor sertanejo Eduardo Costa prestou depoimento nesta quarta-feira (18), na sede do Departamento Estadual de Investigação de Fraudes, no bairro Santa Efigênia, região Leste de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, ele foi chamado para falar a respeito de uma suspeita de estelionato. Em depoimento, o cantor negou o crime.
Segundo a investigação, o cantor teria negociado, em 2015, a troca de um imóvel de sua propriedade localizado em Escarpas do Lago, na cidade de Capitólio, no valor aproximado de R$ 6 milhões, por outro localizado na região da Pampulha, em Belo Horizonte, cujo valor seria de R$ 9 milhões.
O músico, no entanto, não teria informado na negociação que o imóvel estaria com embargos ambientais por ter parte construída sob área de proteção ambiental.
De acordo com o delegado Vinícius Dias, responsável pelo caso, ainda não há provas suficientes para apontar que Eduardo Costa tenha cometido o crime de estelionato.
O músico garante que jamais teve a intenção de prejudicar qualquer pessoa. “Inclusive, quando comprei a casa esse imóvel já existia. Era algo que estava claro para todos durante a negociação”, afirmou o cantor.
Se for condenado por estelionato qualificado, Eduardo Costa pode cumprir pena de um a quatro anos de prisão.
Ação Civil Pública
De acordo com a assessoria de comunicação do Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG), em 2011, o MPF/MG, através da Procuradoria da República no Município de Passos, entrou com uma ação civil pública pelo fato da mansão estar construída em uma área de preservação ambiental permanente.
Em 2013, a ação foi convertida em processo e encaminhado para a Justiça Federal – Subseção Judiciária de Passos/MG.
Em 2017, a Justiça determinou a demolição parcial do imóvel.
Pedido inusitado
Há cerca de um ano, foi propagado nas redes sociais um áudio em que o cantor reclamava da falta de apoio de prefeitos de municípios mineiros para comprar uma casa de luxo em condomínio a beira da represa de furnas. No mesmo áudio, Eduardo Costa também fala da falta de segurança em Capitólio e que não é valorizado pela prefeitura da cidade, já que a presença dele no município atrai turismo para a região.
Veja a entrevista do cantor: