Hoje em Dia
Sumidaço no jogo, Ricardo Oliveira tinha tudo para sair de campo como herói do Atlético numa importante vitória. O pastor consegui quebrar o jejum de gols com uma bola na rede aos 46 minutos do segundo tempo. O Galo fazia 2 a 1 no Bahia em Salvador. Manteria o terceiro lugar na tabela. Entretanto, mais uma desatenção em bola aérea custou ao clube mineiro o empate aos 48 minutos do segundo tempo, dois pontos perdidos no Nordeste e a queda para o quarto lugar no Brasileirão.
O JOGO
O cenário de visitante ao Atlético se mostrou menos complicado em bela trama realizada no início da partida. Jogada de Chará para Patric receber livre na ponta direita. O lateral cruzou bem para Ricardo Oliveira no segundo poste. Ricardo Oliveira não alcançou, mas o próprio Chará a recebeu, fingiu o chute, cortou a marcação e rolou para Galdezani marcar.
Com cinco minutos de jogo, o Galo abria o placar na Arena Fonte nova e tinha tudo para levar o jogo com tranquilidade. Entretanto, precisou suar a camisa na manutenção da vantagem até o fim da etapa inicial. Só que a bola aérea defensiva dos mineiros era temerária, além dos laterais estarem sem sintonia na marcação.
Patric, apesar da boa jogada no ataque, deixava espaços para Edigar Junio nas suas costas. O baixinho atacante do Bahia por pouco não empatou no duelo pelo alto com o gigante Iago Maidana, fraco neste quesito. Victor, com bastante trabalho no jogo, irritou a arbitragem ao fazer cera nas cobranças de tiro de meta e foi amarelado aos 39 minutos.
O Atlético não mais chegou com perigo ao ataque. Ora era o impedimento que impedia a progressão alvinegra, ora eram os erros de fundamentos. Fato é que enquanto havia mobilização coletiva para fechar os espaços do Bahia, Ricardo Oliveira era figura merametne ilustrativa na partida. Nenhum chute a gol, e ainda faltas ofensivas desnecessárias.
O pastor continuaria na atuação ruim até os 45 minutos do segundo tempo, sem participar competentemente das construções ofensivas – ainda que raras – do Galo, que ficou com o contra-ataque no segundo tempo. O Bahia insistiria nas bolas alçadas, e veria o lateral improvisado Juninho se sobressair. Entretanto, seria a baixa segurança nos voos que o Atlético perderia dois pontos em Salvador.
Depois de abidicar do ataque e chamar o Bahia para cima, o Galo foi castigado no erro da defesa e da arbitragem. Primeiro Elias perdeu a bola e fez a falta. Régis, que havia entrado muito mal no tricolor baiano, bateu rápido para Gilberto, que estava impedido. O atacante chutou seco no canto de Victor e fez 1 a 1 aos 38 do segundo tempo. A arbitragem também vacilou ao não dar pênalti de Iago Maidana quando Ricardo Oliveira cortou uma bola aérea e ela bateu no braço do zagueiro.
O Galo parecia sem forças para buscar a vantagem no marcador novamente. O desânimo da torcida aumento com os erros de Cazares no ataque. O equatoriano voltava a ser utilizado por Larghi depois de quase ser negociado para o Mundo Árabe. Era para ser um segundo tempo muito fraco do Atlético. Até que o colombiano Chará voltou a aparecer. Melhor figura alvinegra no embate, ele viu Ricardo Oliveira conseguir uma boa esticada e fez o pastor sair na cara do gol completamente livre. Na especialidade, o camisa 9 fez o sétimo gol dele no Brasileirão.
Era só jogar a bola para o mato e esperar o fim dos acrécimos. Mas a defesa que só não levou mais gols que o Vitória nesta reta final de primeiro turno não suportou os quatro minutos de desconto do árbitro. Cobrança de lateral no campo de ataque baiano, Patric afasta mal o perigo e Régis domina no peito e arremata no canto de Victor. Empate heroico do Bahia, empate com gosto de “derrota” para o Galo.