O presidente eleito do Sindicato Metabase de Itabira e Região, André Viana Madeira, concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (13) no plenarinho da Câmara Municipal de Itabira e falou das suas expectativas ao assumir um dos maiores sindicatos da região. André Viana desbancou o atual presidente Paulo Soares de Souza, que está em seu quarto mandato, em eleição realizada na semana passada.
À imprensa, o presidente eleito que toma posse a partir de novembro- destacou como pretende negociar com a Vale, já em sua primeira campanha salarial, com abertura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ainda em novembro. Segundo André Viana, seus principais aliados nas rodadas de negociação com a mineradora, serão o Sindicato dos Inconfidentes, da cidade de Congonhas e a Central Sindical e Popular Conlutas.
Para pressionar a empresa o sindicalista pretende contar com a participação popular. “O que nós vamos fazer é envolver a cidade, uma cidade que está com o risco de acabar com o minério vai deixar a Vale passar o trator? Vai deixar demitir o pessoal? Cortar o plano de saúde? Então, envolver toda a família. Nós vencemos as eleições porque envolvemos todo mundo, por que envolvemos a comunidade, o sindicato não é trabalhador ele é de toda a cidade”, garantiu o novo presidente do Metabase.
André Viana disputou a eleição anterior ao lado de Paulo Soares, como candidato à vice. No início do mandato, no entanto, após um desentendimento entre os dois, o presidente agora eleito se afastou das suas atividades e acabou derrotando o seu antigo aliado. Questionado sobre enfrentar uma possível resistência da atual diretoria ao assumir o Metabase, André Viana descartou a possibilidade e afirmou que não fara uma política de “caça às bruxas”.
“Eu vou contar com o bom senso e a diretoria que está lá tem só mais três meses de mandato, o Paulo Soares é um vereador em nossa cidade, então, eu penso que eles não vão criar ingerência não. Vamos aguardar para ver. Existem mudanças importantes que serão feitas, mas não faremos caça às bruxas, não teremos política de vingança. É logico que um ou outro [funcionário] será analisado, se é bom profissional, se dá conta do serviço e numa posterior analise faremos as devidas trocas se precisar de fazer”, disse André Viana.