Diante de um público superior a 20 mil pagantes, o Atlético recebeu o Vasco para aproveitar o tropeço de Grêmio e São Paulo entre os times do G-6. Mas o Galo não soube usar a força da casa para vencer. Apenas um 0 a 0 de pura pressão, mas infrutífera diante do alvinegro que completou 120 anos recentemente. Empate sem gols melancólico, marcado por uma defesaça de Martín Silva no último segundo.
O JOGO
O Galo empurrava o Vasco contra a parede. Mas o adversário que não havia vencido nenhuma partida como mandante se mostrou um osso duro de roer. Mesmo controlando as ações, o alvinegro da casa criou bastante, mas ficou em branco na primeira etapa.
O goleiro Victor levou apenas dois sustos nos 45 minutos iniciais. Primeiro, com Maxi Lopez arriscando de longe e um trânsito de jogadores à frente do camisa 1 o obrigou a espalmar no susto. Depois, numa falta cometida por Galdezani em Maxi Lopez (que deu belo drible na zaga), Yago Pikachu tirou tinta da trave em boa cobrança.
As melhores chances, porém, foram mesmo do Galo. Iago Maidana assustou em cabeçada no começo do jogo, Cazares lançou Chará livre nas costas da zaga, mas o colombiano dominou coma mão na pequena área.
Então Nathan se tornou a melhor arma atleticana. Jogando pela esquerda, mas voltando para buscar jogo, o camisa 23 era quem mais arriscava. Dois chutes potentes que deixaram Martín Silva preocupado. Entretanto, quando entrou na área com a bola dominada, hesitou e perdeu a chance de abrir o placar.
SEGUNDO TEMPO
O Atlético iniciou o segundo tempo sem conseguir trocar passes para abrir espaços. Faltava qualidade principalmente na criação, com um Cazares afastado da área central do gramado, enquanto as faixas de campo já tinham Chará (sumido) e Nathan.
Foi o Vasco que chegou perto de balançar as redes. Maxi López, mesmo fora de forma, se tornou um pesadelo principalmente para Iago Maidana. O jogador obrigou Victor a fazer grande defesa e conseguir ao auxílio da trave para salvar o Galo.
López quase conseguiu vencer o santo do Atlético na base do estilo e habilidade. Cruzamento rasteiro de Yago Pikachu que pegou Maidana de surpresa. O centroavante vascaíno resolveu de letra, e a bola passou perto. Depois, em um lance incomu, o zagueiro Luiz Gustavo saiu driblando do meio de campo até o ataque e só foi parado por Fábio Santos, que era a última esperança atleticana no lance.
Foi o Galo sofrer sufoco que a torcida começou a gritar por Luan. Passes para a defesa já eram mal vistos e os jogadores chegaram a pedir calma aos fanáticos presentes. O camisa 27 entrou no lugar de Nathan, e o Galo melhorou na construção, coincidência ou não.
Numa jogada trabalhada, Elias recebeu na direita da entrada da área e arriscou pontente chute defendido por Martín Silva. Ricardo Oliveira, vice-artilheiro do campeonato, aparecia apenas em isoladas jogadas de pivô.
VIROU BAGUNÇA
Na reta final da partida, o Atlético era 100% pressão. Luan realmente foi figura incisiva no ataque, mesmo errando lançamentos. Mas em uma bela tabela entre ele e Cazares, o meia-atacante ficou na cara de Martin Silva e tocou para o meio de pequena área. Mas Chará estava atrás da marcação, e Lenon tirou para escanteio, quase marcando contra.
Pouco depois, um lance de desordem total. Lance pandemônico na área do Vasco, com passes forçados e Elias falhando o remate debaixo das traves. A falta de qualidade foi corrigida em um momento plástico: tabela entre Cazares e Chará, para o equatoriano bater com categoria, mas para fora.
Água mole, em pedra dura, às vezes só espatifa mesmo. Ricardo Oliveira recebeu uma boa bola no jogo, e tomou a decisão equivocada. Ângulo fechado, Martín Silva em cima, e tentou uma cavadinha. O Vasco armava o contra-ataque, e Victor salvou com os pés outra boa chegada rápida do time que descansou ao marcar.