O juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato, quebrou o sigilo de parte do acordo de colaboração de Antonio Palocci com a Polícia Federal.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
A quebra de sigilo ocorreu nesta segunda-feira. O acordo foi firmado com a Polícia Federal, no fim de abril. Anteriormente, Palocci tinha tentado fechar um acordo com o Ministério Público Federal (MPF), mas sem sucesso.
Os trechos apontam indicações para cargos na Petrobras no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No despacho, o juiz relata que não firma que não vê risco de dar publicidade ao conteúdo.
A quebra do sigilo ocorre sete dias antes das eleições.
“Havendo ademais ação penal em andamento, a publicidade se impõe pelo menos no que se refere a depoimento que diz respeito ao presente caso (artigo 7.º, §3º, da Lei nº 12.850/2013.)”, completou o magistrado.
Moro assinalou que “caberá aos Juízos perante os quais ele (Palocci) responde a ações penais decidir acerca da concessão ou não a ele de benefícios, o que terá que ser feito, por exemplo, na presente ação penal”.
Segundo Palocci, houve uma reunião no Palácio do Planalto com a presença de Lula em que teria sido combinado o pagamento de R$ 40 milhões em propina para a campanha de Dilma Rousseff em 2010.
Palocci afirma que o projeto de nacionalização do pré-sal também tinha relação com interesses de empreiteiras.