O Atlético está a 11 jogos de terminar a temporada 2018 e o diretor de futebol, Alexandre Gallo, já trabalha no planejamento para o próximo ano. Em entrevista após a vitória do Galo por 5 a 2 sobre o Sport, no Independência, o dirigente alvinegro disse que irá apresentar ao presidente Sérgio Sette Câmara, seu projeto para o futebol atleticano em 2019.
“Nós já desenhamos o planejamento todo do ano que vem. A gente deve apresentar isso para o presidente agora na quarta ou quinta-feira”, disse.
Gallo também aproveitou o momento para fazer uma avaliação do próprio trabalho e, concluiu que o saldo é positivo. O diretor falou, ainda, que uma vantagem para o próximo é que não haverá necessidade de grandes mudanças no elenco.
“E eu acho que nós fizemos um trabalho bastante interessante até agora. Para o próximo ano, a grande maioria dos altetas já têm contrato renovado e com prazo longo. Nós temos apenas o Leonardo Silva que é um contrato que vencerá ainda, dos jogadores que estão efetivamente no Atlético hoje. Então eu acho que houve essa troca de características, não tem essa necessidade da saída de dez, doze jogadores, a contratação de dez, doze, esse ano nós não vamos ter.
Alexandre Gallo ressaltou que o reflexo do trabalho desempenhado pela diretoria de futebol é o fato de o Atlético estar na parte de cima da tabela. Mas, apesar de considerar a campanha alvinegra como boa até o momento, ele não descarta a possibilidade de alcançar um objetivo maior, que seria o título de campeão brasileiro.
“Nós contamos muito com jogadores jovens e uma equipe boa. Tanto é que nos estamos desde o início do campeonato entre os seis primeiros colocados, e isso aí nos agrada bastante. Claro que a gente também pensa no título ainda. Temos uma sequência de jogos importante. E sempre pensar no título é importante. Se você consegue mais três vitórias consecutivas, você vai brigar lá em cima. Esse ainda é o nosso objetivo e nós pensamos também em fortalecer a equipe para o ano que vem.”
O dirigente alvinegro afirmou, ainda, que o entendimento da diretoria é de que há necessidade de reforçar o elenco com jogadores mais experientes, caso o Atlético consiga a vaga para a Copa Libertadores de 2019.
“Se Deus quiser, se tudo correr bem, com o título ou sem ele, a gente espera estar na Libertadores e a Libertadores demanda a vinda de reforços com um pouquinho mais de experiência. (…) E a gente vai fazer pontualmente. Hoje nós temos praticamente 26 atletas com contratos definidos de longo prazo. Isso nos deixa bastante tranquilo. Temos alguns jogadores emprestados. São seis no total, só três acabam o contrato agora no final do ano. São escolhas que nós também vamos fazer, fazemos no dia a dia. Mas o mais importante é que já estamos preparados para o ano que vem, sem ter aquele desespero que foi esse ano”, respondeu o dirigente.
‘Novela’ Adilson
A renovação de contrato do volante Adilson segue sem ser efetivada. As bases salariais estão acertadas, mas o tempo de contrato é motivo de impasse entre Atlético e jogador. O clube tenta a renovação até o fim de 2020, enquanto Cristiano Manica, representante de Adilson quer um ano a mais de vínculo.
Segundo Alexandre Gallo, o Atlético chegou ao seu limite e espera a resposta do alteta e seu empresário.
“Estamos só no aguardo de uma resposta definitiva deles. Está indo muito além do que a gente esperava. É um atleta que a gente quer contar e aguarda essa resposta para essa próxima semana ele (empresário) deve voltar novamente. Ontem ele me mandou uma mensagem que estará aqui. Vamos ver se a gente consegue chegar a um acordo e uma definição, porque da nossa parte já estamos no nosso limite”, afirmou Gallo.
Questionado sobre o que está protelando a renovação do vínculo contratual do jogador, Gallo disse que demoras podem ocorrer às vezes, mas que acredita num final feliz para a ‘novela’.
“São detalhes normais de uma negociação que a gente não pode expor até para não expor as coisas que acontecem dentro do contrato em si. Eu estou muito confiante que isso vai acontecer. Tenho confiança que isso vai acontecer de uma maneira positiva. Essa demora às vezes acontece. De um contrato para outro as coisas são diferentes. A maneira que você trata, a maneira de interpretação do agente dele e do próprio atleta. São situações absolutamente normais e eu acredito num final feliz”, disse.