A arbitragem de Cruzeiro 1 x 1 Boca Juniors, no Mineirão, foi bastante criticada pelo zagueiro Dedé. O defensor – expulso nos jogos de ida e volta do confronto de quartas de final da Copa Libertadores – disparou contra o árbitro uruguaio Andrés Cunha após a eliminação celeste na noite de quinta-feira (04).[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Dedé foi expulso por acúmulo de dois cartões amarelos. O primeiro deles foi aplicado aos 5’ da etapa final após dividida com o goleiro Rossi. Apenas 30 minutos depois, o defensor voltou a ser advertido, desta vez por falta no meio-campo.
“Eu acho que não foi lance para expulsão, nem para cartão. Lance normal. Infelizmente, a gente vê que muitas coisas não são só dentro de campo”, afirmou Dedé. O zagueiro disse acreditar ter ficado marcado negativamente após expulsão no jogo de ida por lance com o goleiro Andrada.
“Sim (acho que fiquei marcado). Toda jogada que eu fiz, de bola na área, eu sofri falta. Teve uma jogada em que o goleiro errou o tempo de bola e o zagueiro puxou minha cabeça. Precisei abaixar a cabeça. Nesse lance, eu não consegui pelo fato de ele me puxar. Eu fui lá, falei com ele pra ele prestar atenção em mim. Ele disse que a próxima vez que eu fosse na área ele ia me advertir. Aí no lance seguinte o goleiro socou, eu trombei de ombro a ombro, ele me deu amarelo. O goleiro se jogou, simulou que eu tinha dado a mesma cabeçada sem querer no goleiro do jogo de ida, fez o drama dele, e o juiz me deu amarelo”, disse.
‘Lado político’
Para Dedé, a atuação da arbitragem influenciou diretamente no resultado do confronto. O zagueiro foi o grande pivô das polêmicas nas partidas contra o Boca Juniors. Na partida de ida, foi expulso. A decisão equivocada da arbitragem foi revista pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), que revogou a suspensão do defensor.
Livre para atuar no jogo de volta, no Mineirão, Dedé voltou a ser expulso. “As coisas mexem com lado político, eu não sei por que a gente brigou para reverter o meu cartão, porque o juiz o tempo todo me minou, todas as jogadas de bola dentro da área foi uma briga com o zagueiro, briga normal, de força, não pode dar falta para defesa. Uma hora o zagueiro me agarra e eu tenho que me livrar dele. Quatro bolas seguidas de bola na área, sempre de perigo, o juiz foi lá e deu falta (…) Acho que o placar foi influenciado demais. A arbitragem errou demais nos dois jogos”, completou.