O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, voltou a fazer críticas ao adversário Jair Bolsonaro (PSL) e a cobrar a participação dele em debates. Em entrevista à rádio CBN, petista ainda acusou Bolsonaro de incitar a violência na medida que fala que frases polêmicas em atos de campanha, como no Acre, onde chamou os apoiadores para “metralhar petistas”. “É um homem completamente impróprio para o debate democrático”, disse.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Na entrevista, Haddad disse que não acredita que Bolsonaro vá participar dos debates porque sua estratégia está ancorada na violência. “Não acredito que ele vai participar de debate, porque ele não tem plano para o país. Ele só promove a violência e acha que tudo se resolve na bala, de maneira que entende que, dificilmente, vai participar de confronto direto”, afirmou.
O candidato do PT ainda disse que o adversário usa atestado para não comparecer aos confrontos, mas concede entrevista, o que, na opinião dele, causa o mesmo desgaste físico. “Eu não consigo entender o argumento. Não pode reservar duas horas para um debate face a face”, afirmou.
A divulgação de notícias falsas, assunto que tem tomado parte das discussões, também foi abordada. De acordo Haddad, mas do que a troca de mensagens sem conteúdo verídico entre apoiadores, o próprio adversário espalha “mentiras”.
“Inclusive quero ter oportunidade para desmascarar ele e as mentiras que ele conta pela internet. Ele está me acusando de distribuir material impróprio para crianças de seis anos, como se as professoras brasileiras fossem podem aceitar uma coisa absurda dessas”, afirmou.
Fernando Haddad ainda afirmou que visitou o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, filiado ao PSB, e que “é bom ir se aproximando” do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cacique do PSDB. “O bom é ir se aproximando para construir o entendimento sobre o que seria isso, para ficar claro do que se trata”, disse Haddad, ao ser perguntado se gostaria de ter o apoio de FHC.
“Visitei o Joaquim Barbosa não por outra razão. Quero escolher os melhores quadros e propostas para aprimorar o combate à corrupção no Brasil”. Haddad garantiu que a Lava-Jato vai continuar, assim como a Polícia Federal, o Ministério Público e o poder Judiciário. Haddad não respondeu se Joaquim Barbosa poderia ser ministro em um eventual governo petista, mas disse que ele pode ajudar o País “de muitas formas, não necessariamente participando da vida pública.”