Estado de Minas
O general da reserva militar Augusto Heleno afirmou que o candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) não vai aos debates com Fernando Haddad (PT) por estar sob a ameaça de um atentado terrorista. A declaração foi divulgada nesta quinta-feira, em vídeo que o general, um dos integrantes da coordenação de campanha do deputado federal, dá explicações sobre as estratégias na reta final das eleições.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Jair Bolsonaro foi atacado com uma facada no abdome quando fazia campanha nas ruas de Juiz de Fora, em Minas Gerais, no dia 6 de outubro. Desde então o presidenciável passou por duas cirurgias de emergência e não mais participou de debates.
“Inclusive com a recomendação de que, toda vez que fosse sair de casa, fizesse um vasculhamento no entorno da casa dele e jamais saísse com hora marcada. Então, o comparecimento ao debate, que muita gente está vinculando a um medo de sair ou de debater com o Haddad, não se trata disso. Ele está, realmente, ameaçado”, explicou o general em vídeo compartilhado nas redes sociais.
De acordo com Augusto Heleno, o plano de um atentado terrorista foi comprovado por mensagens e escutas telefônicas e tem autoria de uma organização criminosa.
“E não é um mero tiro de ‘sniper’. É um atentado terrorista, onde tem uma organização criminosa, que eu não vou citar o nome por motivos óbvios, envolvida. É comprovado por mensagens e escutas telefônicas. Isso é absolutamente verídico. A saída dele, em qualquer horário com hora marcada, é problemática”, detalhou.
Reforço na segurança
A campanha de Bolsonaro reforçou a segurança na casa do presidenciável na zona oeste do Rio com equipamentos de uso militar, como uma rede de camuflagem usada em matas instalada na área externa da residência, onde o candidato a presidente concede entrevistas e recebe apoiadores. Um policial militar que faz a segurança no imóvel do candidato disse que a tela, que simula folhagem verde e marrom, serve para reduzir o campo visual do que se passa na área do imóvel.
O quintal do presidenciável é fechado por uma cerca viva, formada por árvores, e não tem muros. Os fundos dão para uma rua interna do condomínio de alto padrão na Praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Em encontros e entrevistas, Bolsonaro tem sido orientado a permanecer atrás da camuflagem, sem circular pela área descoberta da casa, um terreno onde estaria mais exposto.
O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, disse que a campanha recebeu informes de inteligência que recomendavam reforçar a segurança na reta final da campanha, mas não detalhou ameaças. A escolta passou de 25 para 30 agentes da Polícia Federal. Durante a campanha, Bolsonaro chegou a usar colete à prova de balas, mas não vestia o equipamento quando levou a facada em Minas Gerais.