O governador eleito Romeu Zema (Novo) se prepara para inovar na formação do secretariado. E, ao que tudo indica, nomes para a equipe que quer montar não faltam. Em entrevista exclusiva ao Hoje em Dia, ele afirmou que pessoas de todo o país têm se oferecido para trabalhar no governo de Minas. E com um plus: de forma voluntária, sem receber por isso. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Para quem vai administrar um Estado com rombo estimado em R$ 11,4 bilhões, e onde cada tostão poupado pode fazer a diferença, a ideia significa economia. O governador eleito afirma que fará uma triagem minuciosa para selecionar os nomes. Cogita, inclusive, contratar uma empresa de recrutamento de executivos para ajudar na escolha.
“Vamos fazer questão de que todo nome seja sabatinado, às vezes até por uma empresa externa de seleção de executivos. Vamos fazer a coisa de forma muito precisa porque Minas Gerais é igual a um doente na UTI. Tem que pegar um médico muito bom para fazer uma operação bem precisa, não dá para errar mais”, diz.
A afirmação foi feita durante reunião do Novo na tarde de ontem em um centro de convenções na região Centro-Sul de Belo Horizonte. No local, estavam presentes as lideranças do partido – incluindo o fundador da legenda, João Amoêdo, que concorreu à Presidência da República.
Entre os cogitados para assumir as secretarias, de acordo com Zema, estão empresários de âmbito nacional e, até mesmo, aposentados do governo de Minas. Ele pondera, no entanto, que a intenção é dar preferência aos mineiros na hora de escolher quem vai ocupar as cadeiras.
Na reunião, eles também discutiram a equipe que fará a transição do governo de Fernando Pimentel (PT) para Zema. Inicialmente, seis nomes vão compor o grupo. A ideia é que a quantidade de pessoas vá crescendo aos poucos. “É um processo muito embrionário ainda. Não tem nem 24 horas que acabaram as eleições, estamos discutindo nomes”, afirmou Zema.
Sabe-se, até o momento, que o vereador Matheus Simões (Novo) e o economista Gustavo Franco farão parte do grupo. Segundo bastidores, Gustavo Franco não aceitou o convite para a Secretaria da Fazenda, mas vai atuar como um conselheiro do governo. Conforme o governador eleito, o anúncio da equipe deve ser realizado na quinta-feira, 1º de novembro.
Para que os trabalhos sejam iniciados, no entanto, é necessário que Pimentel assine um decreto autorizando o repasse de informações. A assessoria de imprensa do governo afirmou não há previsão para que isso aconteça.
TCE-MG
Em entrevista após o anúncio do resultado das eleições, Romeu Zema afirmou que conta com a ajuda do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) para levantar o real rombo de Minas. Ele desconfia que o valor seja significativamente superior ao anunciado até o momento. “A situação é pior do que foi mostrada. Queremos um levantamento, com ajuda do TCE, para saber todos os problemas do Estado. Algumas medidas serão impopulares”, disse.
Tais medidas não foram detalhadas. Ele se limitou a dizer que irá cortar todos os gastos desnecessários, incluindo cargos políticos e comissionados. A transparência na gestão também foi citada por Zema como crucial. “Cada cafezinho eu quero que seja lançado para o povo saber. No final do ano, todos os centavos serão discriminados”, afirmou.