Por um lado, menos mortes. Por outro, mais doenças. Enquanto os óbitos pelo vírus HIV caíram 10% nos últimos cinco anos em Minas, conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o crescimento de 42% dos casos no mesmo período preocupa. Apesar da disponibilidade de tratamentos mais eficazes, especialistas afirmam serem necessárias campanhas de prevenção mais agressivas e direcionadas.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Os números reforçam o alerta contra a enfermidade, já que no próximo sábado é celebrado o Dia Mundial de Luta contra a Aids. No Brasil, o combate à doença já é realizado há três décadas.
Médicos reforçam que o diagnóstico precoce e o tratamento com medicamentos mais eficazes, como os administrados no país, têm surtido resultados positivos. Esses, inclusive, são fatores apontados por eles para a queda no número de mortes em decorrência do HIV.
Na capital mineira, Belo Horizonte, os números apresentaram queda. Nos últimos três anos, a quantidade de moradores contaminados por Aids diminuiu de 444, em 2016, para 190, em 2018. Já o de mortes, de 131 para 74.
Em Itabira, segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em setembro deste ano, 353 pessoas infectadas com HIV estão se tratando na rede municipal de saúde. Esse dado é regional, sendo que Itabira possui serviço de referência em diagnóstico e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e recebe usuários de vários municípios vizinhos. Só de residentes na cidade há 233 soropositivos em atendimento na saúde pública local. Entre soropositivos em tratamento na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a maioria é formada por homens (61,8%). As mulheres, por sua vez, representam 38,2%.
A prevenção combinada é uma das apostas para reduzir transmissões pelo vírus.
AÇÃO
A fim de conscientizar a população sobre o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)/ Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), a Prefeitura de Itabira, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), promoverá uma blitz educativa neste sábado (1º). A ação pelo Dia Mundial de Luta contra a Aids acontecerá das 8h às 12h, na avenida João Pinheiro, Centro (em frente ao Mercado Municipal Caio Martins da Costa).
Toda a atividade será coordenada e desempenhada por servidores do Programa Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/HIV/Aids e Hepatites Virais, da Policlínica Municipal de Itabira. A blitz abordará pedestres e comércios locais para orientar sobre a importância da prevenção da Aids e doenças sexualmente transmissíveis. Durante o evento serão distribuídos preservativos e material educativo.
De acordo com a psicóloga do programa, Janaína Ávila, estima-se que em todo o mundo cerca de 36,9 milhões de pessoas vivam com HIV. No entanto, muitas pessoas ainda não conseguem entender a diferença entre o HIV e a Aids.
“Infelizmente, muitas pessoas ainda têm ideias erradas sobre a Aids. Muitas pessoas acreditam que a Aids e o HIV são a mesma coisa, quando na verdade não são. O HIV é o vírus da Imunodeficiência Humana e a Aids é a síndrome provocada por esse vírus. Ou seja, a pessoa pode ter HIV e não ter Aids. Quando alguém tem a síndrome, o HIV destrói as células do corpo, o organismo enfraquece e as doenças oportunistas podem se manifestar. Por isso, as campanhas educativas são tão importantes. É essencial que o indivíduo saiba se prevenir e como se tratar caso seja infectado pelo HIV”, explicou a superintendente.
Adriana Cruz ressaltou ainda a importância de orientar a população que uma pessoa portadora de HIV, mesmo não tendo Aids, pode transmitir o vírus. “Por isso, a importância do uso da camisinha em todas as relações sexuais e de seringas e agulhas descartáveis”, disse. Segundo o Ministério da Saúde, de 1980 a junho deste ano, foram identificados 926.742 casos de Aids no Brasil. O país tem registrado, anualmente, uma média de 40 mil novos casos de Aids nos últimos cinco anos.