Para se produzir a partir do leite cru é necessária a qualificação em boas práticas de manipulação e higienização. O SIM (Serviço de Inspeção Municipal) exige o curso para liberação de alvará para a agroindústria. Entre os dias 26 e 30 de novembro no Centro de Processamento de Alimentos (CPA) no parque de exposições Virgílio José Gazire, 11 pessoas receberam essas orientações através do Senar-MG (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), em convênio com o Sindicato Rural de Itabira. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
O curso gratuito ”Trabalho Artesanal na Pausterização do Leite, e na Fabricação de Laticínios e Afins,” teve 40 horas-aula e foi orientado pela instrutora do Senar-MG, Catarina Braga. Entre os itens produzidos durante os quatro dias de curso, havia: queijo frescal, requeijão de corte, mussarela, queijo minas, queijo curado, iogurtes, queijos especiais, doces, e a ricota, feita através do soro do leite, produto muito procurado no mercado, para pessoas que querem uma dieta balanceada, com baixo teor de calorias.
“Esse foi o curso do Senar, laticínios básicos. São os queijos consumidos pela população diariamente. Passamos para os alunos noções de industrialização e boas práticas para atender as exigências do mercado. A higiene é determinante, prioridade absoluta, porque o leite pode ser uma fonte perigosa de bactérias, transmitindo doenças. Por isso, prioridade máxima na desinfecção dos equipamentos e da matéria prima, higiene pessoal e do ambiente”, disse a instrutora.
O produtor rural da região Chapada de Ipoema, Reinaldo Linhares, absorveu às orientações e vai produzir queijos especiais por hobby, e para conseguir um produto com melhor valor agregado. “Esse curso muda a gente, que estávamos acostumados a fazer o queijo artesanal, da maneira antiga. Com as técnicas que aprendi, vai ter melhoramentos. Para se ter o alvará. temos que seguir as normas para trabalhar na queijeira, com padrão necessário de higiene, devido ao selo e a fiscalização da Vigilância Sanitária. Não tive dificuldade, foi só prestar atenção e ter prazer de fazer bem feito”, destacou.
O professor universitário Plínio de Freitas Barbosa, leciona em Betim, mas tem uma propriedade rural da família, na localidade de Pedros em Itabira. “Tomei conhecimento no Sindicato Rural, fiz o curso para agregar valor na minha propriedade rural, com todo o passo-a-passo, para se montar um laticínio do simples até o mais sofisticado. Produção pequena e/ou mediana, com metodologia de limpeza, higienização, preparação de soluções e os locais onde se consegue fornecedores e materiais. Como qualquer matéria prima, depois do processamento, se agrega valor ao produto e pode chegar a quatro vezes o investimento, em uma produção verticalizada,” destacou o aluno do Senar-MG.