Vencedor de virada e cada vez mais líder. Com paciência, o América superou o bom time do Tombense no Almeidão e chegou aos 10 pontos no Campeonato Mineiro, numa noite em que o adversário chegou a ser melhor. Quando o empate parecia ser o resultado mais justo, a insistência do jovem França, que entrou no ataque, valeu para deixar Juninho em condições de marcar e garantir os três pontos. No domingo, o volante havia mostrado o lado garçom, participando da jogada de dois gols na goleada sobre o Tupi.
Se o América tentou adiantar a marcação para segurar o Gavião Carcará, o toque de bola paciente do time da casa passando pelos pés do experiente Juan levou o Tombense à frente. Diretor de futebol do Coelho na temporada passada, Ricardo Drubscky manteve a postura adotada diante do time alternativo do Atlético, apostando no toque de bola e na experiência do meia Juan. Na primeira etapa, o Gavião Carcará levou mais perigo ao gol de Fernando Leal, enquanto o América encontrava dificuldades para furar a boa marcação, apostando nos lançamentos longos.
Numa vacilada no meio-campo, Juan teve a chance de puxar o contra-ataque pela esquerda com Edson, que rolou para Ortega, livre na área, abrir o placar para o time da casa. O gol parece ter acordado o América, que avançou suas linhas e começou a mostrar maior capricho na armação de jogadas, apostando especialmente em Matheusinho. Num dos últimos lances da etapa, veio o empate: a bola cruzada por Marcelo Toscano e rebatida foi tocada por Paulão para o camisa 10 que, por cobertura, deu a Júnior Viçosa a chance de completar com um belo voleio.
O forte calor colaborou para diminuir o ritmo da partida no segundo tempo, que começou com o América à frente. Felipe Azevedo teve a chance de marcar o segundo aos 11 minutos. Drubscky, por sua vez, trocou o lateral Bruno Ferreira pelo meia/atacante Abner, numa tentativa de dar maior fôlego e força ofensiva a seu time. Foi a vez de o bom posicionamento defensivo americano prevalecer, com mais uma boa partida de Zé Ricardo. O Coelho era melhor, mas não concluía com grande perigo. Até a investida de França para roubar a bola e servir o companheiro, com o toque longe do alcance de Felipe.