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Após serem suspensas na manhã desta segunda-feira (04/02), as buscas por desaparecidos na tragédia em Brumadinho foram remanejadas. Conforme o tenente e porta-voz do Corpo de Bombeiros, Pedro Aihara, os trabalhos foram deslocados devido à chuva. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
“Com a chuva há possibilidade de deslocarem rejeitos residuais. Por isso, Realocamos as equipes para a região do Paraopeba, onde é mais seguro. Como há previsão de chuvas pelo menos para próximas duas horas, neste momento estamos atuando sem maquinário, fazendo busca de bote e a pé”, explicou.
Segundo os militares, o novo ponto de trabalho fica a 8,8 quilômetros do local onde a barragem se rompeu. “As equipes estão no limite entre os rejeitos e o rio Paraopeba. Neste local é provável achar corpos que serão levados pelo próprio movimento da chuva. Além disso, no rio, eles tendem a boiar e a localização fica mais fácil”, disse.
Nesta segunda-feira, uma média de 400 a 450 militares, sendo 200 mineiros, e os demais da força nacional, e de outros estados, estão no município. O tenente não informou, no entanto, quantos estão mobilizados no momentos.
A previsão é de que os trabalhos normalizem no início da tarde. Mesmo com chuva, voos pontuais poderão ser realizados.
Barragem
O tenente afirmou que, apesar de modificar e dificultar as buscas, a chuva não preocupa em relação à B6, estrutura de água que fica na região do desastre e no dia 27 de janeiro chegou a representar risco de rompimento.
“O nível dela já baixou aproximadamente 2 metros. Observamos apenas uma pequena acomodação de massa, mas que já era esperada. Continuamos o monitoramento por quatro radares“, finaliza.
Suspensão
A medida foi tomada para garantir a segurança das equipes. No domingo (03/02), pelo mesmo motivo, as operações foram suspensas pouco antes das 18h. Segundo o chefe de operações, tenente-coronel Anderson Passos, o trabalho será retomado assim que o tempo melhorar e as condições permitirem as incursões com segurança.
A barragem da Vale se rompeu no dia 25 de janeiro. Conforme o último balanço divulgado pela Defesa Civil no sábado (02/02), 121 pessoas morreram e 107 delas foram identificadas. Outras 212 pessoas continuavam desaparecidas.