Minas Gerais confirmou um caso de sarampo em 2019 . O paciente é um italiano, de 29 anos, morador de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O caso é tratado como um caso importado, pois o homem começou a sentir os sintomas pouco tempo depois de chegar ao Brasil. Antes, viajou para a Croácia e foi para Itália, antes de se mudar para a Grande Belo Horizonte para trabalhar em uma empresa localizada em Juatuba. A vacina, a principal forma de prevenir a doença, está disponível a população, gratuitamente, em todas as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os últimos casos autóctones – quando a doença é transmitida dentro do município – ocorreram em 1997. Na ocasião, nove casos foram registrados. Em 2011, um caso importado da doença foi registrado. O paciente tinha ido a França. Já em 2013, dois pacientes, dois irmãos, contraíram sarampo em uma viagem à Flórida, nos Estados Unidos. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
O caso do italiano está sendo investigado desde janeiro. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), o paciente, que é morador de Betim, fez viagens para a Croácia e a Itália entre dezembro e janeiro. Ele passou a sentir os sintomas na primeira quinzena de janeiro, quando já estava na cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
“O paciente foi hospitalizado e nas suas amostras clínicas para pesquisa viral, os resultados laboratoriais sorológicos realizados na Funed (Fundação Ezequiel Dias) e de biologia molecular realizado pela Fiocruz/RJ foram positivos para o vírus do sarampo. O genótipo identificado na amostra do italiano foi o D8, que tem 100% de identidade genética com os vírus circulantes na Turquia (SE 28/2018), na Rússia (SE 51/2018), na Finlândia e na China (SE 04 e 05 de 2019)”, explicou a SES/MG. Segundo a pasta, os casos D8 identificado em Minas Gerais “está distante geneticamente dos casos de D8 identificados nos demais surtos de 2018 no Brasil”.
De janeiro de 2018 até esta segunda-feira, foram notificados 493 casos suspeitos de sarampo em 144 municípios mineiros. Do total, 415 foram descartados, o que representa 84,2% dos casos. Outros 77 seguem sendo investigados. O maior número de notificações se concentra em crianças. “Importante destacar que apesar da identificação de caso importado em um adulto jovem, a faixa etária de maior prevalência de notificações (22,3%) compreende o grupo mais vulnerável para a doença (e suas complicações): crianças menores de 01 ano de idade. Este fato reforça a necessidade de construção de barreira para impedir a transmissão do sarampo, principalmente naqueles de maior risco. O aumento da cobertura vacinal da população garante proteção desta faixa etária, uma vez que as mesmas ainda não podem ser vacinadas”, alertou a SES.
A doença
A transmissão do sarampo pode ocorrer de uma pessoa a outra, por meio de secreções expelidas ao tossir, falar, espirrar ou até na respiração. O contágio pode se dar ainda por dispersão de gotículas no ar em ambientes fechados. Por isso, é considerada uma doença infecciosa viral extremamente contagiosa. Os principais sintomas são manchas avermelhadas em todo o corpo, febre alta, congestão nasal, tosse e olhos irritados, além de poder causar complicações graves, como encefalite, diarreia intensa, infecções de ouvido, pneumonia e até cegueira, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e pacientes imunodeprimidos.
A vacina tríplice viral , que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba, se encontra disponível em todas as unidades básicas de saúde do Estado.
Veja abaixo o esquema de vacinação:
Aos 12 meses de idade, a criança deverá receber a primeira dose da vacina tríplice viral (que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba).
Aos 15 meses de idade, a criança deverá receber a segunda dose com a vacina tetraviral (contra o sarampo, a rubéola, a caxumba e a catapora/varicela) ou a vacina tríplice viral e a de varicela monovalente.
De 02 a 29 anos, caso não tenha nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, deverão receber duas doses com intervalo de no mínimo 30 dias da primeira dose.
De 30 a 49 anos, caso não tenha nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, deverá receber apenas uma dose.
Após 49 anos de idade, não é necessário a vacinação porque são consideradas imunes.
Profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, dentistas e outros), independente da idade, devem ter duas doses válidas da vacina tríplice viral documentadas.
Profissionais de transporte (taxistas, motoristas de aplicativos, motoristas de vans e ônibus), profissionais do turismo (funcionários de hotéis, agentes, guias e outros), viajantes e profissionais do sexo devem manter o cartão de vacinação atualizado conforme os esquemas vacinais.