Dois cargos que não estão no estatuto do Cruzeiro, os de vice-presidente jurídico e vice-presidente financeiro, foram extintos pelo presidente do clube, Wagner Pires de Sá, nesta segunda-feira. Eles eram ocupados, respectivamente, por Fabiano de Oliveira Costa e Flávio Penna, que devem voltar a ser diretores e ter uma redução salarial.
O mandatário celeste emitiu um comunicado para informar a decisão e também que contratos com diretores e vices remunerados serão revistos. Ele nomeou os vices-eleitos, Hermínio Lemos e Ronaldo Granata, para, em até uma semana, criarem um plano de cargos e salários que estejam condizentes com as funções.
“Considero este ato extremamente importante para mostrar a toda comunidade e ao público em geral que estamos de fato direcionados a reorganizar o Clube administrativamente e caminhar para uma política de redução de custos”, disse o presidente.
Salários de dirigentes
De acordo com a reportagem divulgada há uma semana pelo programa “Fantástico”, da TV Globo, o vice-presidente de futebol, Itair Machado, teria recebido R$ 3,3 milhões do Cruzeiro, incluindo salários, prestação de serviços em 2017 – quando ainda não trabalhava no clube –, participação em ‘bichos’ distribuídos ao elenco profissional em caso de título.
Sobre a remuneração de Itair, o Cruzeiro alegou que concedeu aumento ao vice de futebol porque ele foi procurado por outros clubes.
O diretor-geral Sérgio Nonato, o Serginho, também é citado na matéria por receber sucessivos aumentos sem justificativas. Mas em contato com o ‘Fantástico’, o Cruzeiro explicou que os reajustes se deram porque Serginho foi promovido de cargo, passando de diretor de comunicação para diretor-geral.