A promotora de Justiça Giuliana Talamoni Fonoff usou a tribuna da Câmara Municipal na tarde de ontem e informou que o Ministério Público está em negociação junto ao Governo do Estado e a Vale para realizar a transferência do presidio de Itabira para um local mais seguro.
A estrutura está localizada “aos pés” da barragem de Itabiruçu, uma das maiores estruturas de contenção de rejeito de minério de ferro do estado, com capacidade de armazenar 130,7 milhões de metros cúbicos de material.
Apesar da barragem não está em nível de alerta, o MP quer a mudança do presidio por questões de segurança, devido ao tamanho da barragem e a sua proximidade com o sistema prisional. Em entrevista concedida a imprensa na tarde de ontem Giuliana Fonoff não soube dizer para onde iria o novo presidio itabirano.
Assim como Itabira, outras 5 unidades prisionais estão na rota de outras barragens espalhadas pelo estado, o que também é pauta de negociação com o Governo e as mineradoras, proprietárias destas estruturas. A dificuldade em encontrar um local seguro em Itabira é grande, já que a cidade é cercada por barragens de contenção de rejeito. Um novo terreno, segundo a promotora, estaria sendo procurado para abrigar a nova unidade.
Ainda de acordo com a promotora a Vale já teria aceitado construir dois presídios, com capacidade para 1.200 presos. Um deles já está acertado que será em Pará de Minas, o segundo, ainda segue indefinido. Atualmente a população carcerária chega a 250 presos, enquanto a estrutura só comporta 194. Caso a cidade seja contemplada pela construção deste segundo presidio, a capacidade chegará à seis vezes mais do que a atual.