A vitória do Internacional sobre o Cruzeiro, por 3 a 0, na noite desta quarta-feira (4), no Beira-Rio, começou a ser construída há algumas semanas, nos bastidores. Enquanto o Colorado celebrava a não convocação de Guerrero para a seleção peruana, a Raposa lamentava a ida de Orejuela ao combinado colombiano. Essa junção de fatores culminou no primeiro gol gaúcho, uma vez que Jadson, substituto do lateral, levou um baile de Nico López, e o camisa 9 estufou as redes de Fábio. O centroavante, de novo, e Edenilson completaram a goleada sobre o atual campeão da Copa do Brasil, eliminado nessa semifinal.
O ano do Cruzeiro, que parecia promissor, com a conquista do Mineiro e a ótima campanha na fase de grupos da Libertadores, agora se resume à luta contra o rebaixamento no Brasileirão – pelo menos, por enquanto.
As finais da competição mata-mata, envolvendo Inter e Athletico-PR – o Furacão superou o Grêmio nos pênaltis – serão disputadas nos dias 11 e 18 deste mês (as duas próximas quartas). Os mandos de campo serão definidos nesta quinta-feira. Como a Raposa não tem mais nada a ver com isso, o jeito é voltar suas atenções para a Série A. Neste domingo (8), no Independência, encara o Tricolor Gaúcho, no “jogo das lamentações”, pela 18ª rodada do Nacional.
O jogo
Quando Pedro Rocha desperdiçou uma chance de ouro, e David falhou no rebote, logo no início do primeiro tempo, o torcedor cruzeirense deve ter pensado: “Vai fazer falta”. Fato! Os erros de conclusão se tornaram crônicos pelo lado celeste. O Inter, por sua vez, foi cirúrgico e letal. Aos 39 minutos, Guerrero não perdoou: 1 a 0.
Na volta do intervalo, Rogério Ceni perdeu Dedé, machucado, e resolveu ousar ao promover o ingresso de Ariel Cabral. Com isso, Henrique atuou improvisado de zagueiro. Arriscado, sim! Acertado? Não! Fragilizado em seu meio-campo e em sua defesa, o Cruzeiro sofreu mais dois gols. Fim do sonho!