O Cruzeiro segue com a “receita para o rebaixamento”. Após mais uma polêmica, entre o zagueiro Dedé e o ex-técnico da agremiação, Rogério Ceni, o time estreou seu terceiro treinador na temporada – número alto para uma instituição do tamanho da Raposa. Era grande a expectativa sobre o comportamento da equipe, agora sob a tutela de Abel Braga. Mas os jogadores são os mesmos, assim como o roteiro: mais uma derrota, a 11ª na competição, desta vez para o Goiás, por 1 a 0, no Serra Dourada.
Em uma partida acirrada, o Cruzeiro teve um gol corretamente anulado e viu o adversário vencer com um gol de Alan Ruschel, lateral que esteve perto da morte em 2016, mas que sobreviveu ao trágico acidente envolvendo a delegação da Chapecoense e que comoveu o mundo inteiro. O lance chama atenção por uma total desatenção do setor defensivo mineiro.
O resultado ilustra o nome da música composta e executada por Ney Franco, técnico do Goiás, desde a década passada: “Na Beira do Precipício”. A Raposa ocupa a zona de rebaixamento, em 17º lugar, com 19 pontos, e não deixará o Z-4 na próxima rodada. Isso porque o Fluminense, 16º, tem três pontos e duas vitórias a mais. Ou seja, o Tricolor não pode ser ultrapassado pelos azuis na 23ª jornada.
Mais um reflexo de toda a bagunça que se tornou o clube neste ano, impulsionada pela crise nos bastidores e que, por enquanto, está impregnada na equipe. Abel é a última esperança de evitar o maior vexame da história do clube. Terá muito trabalho, porém, se aceitou o desafio, terá que cumprir seu dever.