O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira (11/10), em Roma, que o Brasil é o único responsável pela preservação da Amazônia e que essa mensagem será transmitida ao Vaticano, que realiza a Assembleia do Sínodo para a região Pan-amazônica.
“Sabemos que no século XXI temos um problema, todos somos conscientes da necessidade de proteger o planeta. Mas é responsabilidade do Governo do Brasil preservar a Amazônia. Ninguém mais tem essa responsabilidade”, afirmou Mourão, durante entrevista coletiva na embaixada do Brasil na capital italiana.
Mourão está na Itália para participar, no próximo domingo (13/10), da cerimônia de canonização de Irmã Dulce, que será a primeira santa nascida no Brasil. Durante sua visita, o vice-presidente deve conversar com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e com o secretário de Relações com os Estados, Paul Gallagher.
“É uma oportunidade de conhecer os representantes da Santa Sé, uma vez que está sendo realizando o Sínodo da Amazônia, no qual a Igreja analisa os problemas desta região. Neste contexto, é importante que o governo brasileiro dê sua opinião do que ocorre lá”, afirmou.
Além disso, Mourão disse que explicará aos secretários do Vaticano que o Brasil é “plenamente consciente” da necessidade de cuidar do planeta, mas também ressaltou que há “muita desinformação” no mundo sobre o que realmente ocorre na Amazônia.
“Há muita desinformação sobre o que ocorre naquela região onde vivem 20 milhões de pessoas. As pessoas acreditam que está tudo destruído, que será usado para outros fins. Não é assim”, sustentou.
“O governo do Brasil não pode julgar o que faz o papa; é o líder supremo da Igreja Católica. Não podemos imaginar o papa como um inimigo, a Igreja sempre fez parte da vida do Brasil”, comentou.
Durante sua estadia na Itália, Mourão deve se reunir na próxima segunda-feira (14/10) com o primeiro-ministro Giuseppe Conte e com diretores do grupo de energia Enel e da fabricante de pneus Pirelli.
O vice-presidente também comentou sobre o caso do vazamento de petróleo que afeta mais de 100 praias do Nordeste e ameaça centenas de espécies de animais, afirmando que “existem dados não confirmados que sugerem que o petróleo é semelhante ao extraído na Venezuela”.
*Com informações da EFE