O comandante das Forças da Síria Democrática (FSD), Mazlum Abdi, confirmou neste domingo (27/10) a morte do líder do grupo jihadista Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, após ação realizada pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
“Há cinco meses, houve um trabalho de inteligência na região e uma busca exaustiva, até que, através de uma operação conjunta, eliminou-se o terrorista Abu Bakr al-Baghdadi”, escreveu o general, no perfil que mantém no Twitter.
O líder da aliança que inclui milícias curdas não deu mais detalhes sobre a ação realizada na aldeia de Barisha, na província de Idlib, localizada no noroeste da Síria. O local fica distante apenas 5 quilômetros da fronteira com a Turquia.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deverá fazer “um grande anúncio”, conforme ele próprio classificou, a partir de 10h (de Brasília), após depois das primeiras informações, ainda não consideradas oficiais, da morte do terrorista mais procurado do planeta.
A recompensa para quem abatesse Abu Bakr al-Baghdadi estava avaliada em US$ 25 milhões (R$ 100,3 milhões).
De acordo com as informações divulgadas pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, a ação contou com oito helicópteros pertencentes à coalizão internacional e durou cerca de 120 minutos, contra posições da Hurras al-Din (Guardiões da Religião), grupo ligado a Al Qaeda e ao Estado Islâmico.
A ONG apontou ter recebido a informação de que nove pessoas morreram, entre eles um menor de idade, duas mulheres e integrantes do “primeiro escalão” do EI, sem que o nome de al-Baghdadi fosse citado.
O alvo específico foi uma casa comprada há poucos dias pelo líder do grupo jihadista, que vinha de Aleppo, segundo detalhou o Observatório, que tem sede no Reino Unido e conta com diversos colaboradores em território sírio.
Os curdos eram aliados dos Estados Unidos, até que Trump anunciou a retirada das tropas do nordeste da Síria, como forma de não se envolver na ofensiva lançada pela Turquia contra milícias curdo sírias.
Há dois dias, o presidente decidiu pelo retorno dos militares, para resguardar oleodutos na região e impedir que caíssem de novo nas mãos do Estado Islâmico.
Idlib é o último reduto de oposição na Síria e está controlado, majoritariamente, pela Organização pela Libertação do Levante, aliança islâmica em que está incluída a antiga filial no país da Al Qaeda e rival do EI.
*Com informações da EFE