O novo ponto de captação de água será construído a aproximadamente 12 km à montante da atual estrutura de captação interrompida da Copasa. A adutora ligará o novo ponto de captação ao sistema já existente da concessionária. A estrutura terá a mesma vazão, de 5 mil litros por segundo, da captação atualmente suspensa e seguirá as mesmas premissas de engenharia. Com base no compromisso assumido, o prazo limite para conclusão dessa obra é até setembro de 2020.
O novo sistema contará com bombas para captação da água no rio Paraopeba e transferência através de tubulação até uma caixa de areia, que tem o objetivo de reduzir o percentual de sólidos na água. Após essa etapa, a água é transferida para um reservatório, passa por cinco bombas de maior potência e por um tanque de transferência. O restante do trajeto é feito por gravidade através de tubulação subterrânea até o ponto de interligação com o sistema existente da Copasa.
A previsão é de geração de aproximadamente 1,5 mil empregos no pico de obras. A Vale, atendendo a premissas e políticas internas, priorizará a contratação de mão de obra e fornecedores locais.
A Vale aplicará cerca de R$ 450 milhões no novo sistema de captação e também em ações preventivas no ponto de captação da Copasa no Rio das Velhas. Está em construção uma barreira de contenção que circundará a captação de Bela Fama, localizada em Nova Lima. Essa ação é preventiva.
O encapsulamento feito pela barreira será capaz de, em caso de eventualidade, proteger o ponto de captação preservando a estrutura e seus equipamentos. A barreira terá cerca de 3 metros de altura, 300 metros de extensão e deve ser concluída até o final deste mês. Após a conclusão da barreira, serão realizados trabalhos de recuperação urbanística e de paisagismo, intervenções previstas para serem finalizadas até o final de novembro.
Diálogo e mitigação de impactos
A Vale respeita todas as comunidades impactadas e reitera a importância do novo sistema de captação no rio Paraopeba para o abastecimento da grande BH. Pautada no diálogo para esclarecimento de informações e entendimento das demandas sociais locais, as equipes de campo da Vale permanecerão dedicadas e em contato permanente com os moradores de Ponte de Almorreimas para esclarecimento de dúvidas ao longo de toda a obra. A empresa também realiza reuniões periódicas com a comunidade.
Em relação aos possíveis impactos das obras do novo sistema de captação de água no rio Paraopeba, foi adotada uma série de medidas mitigatórias, como a umectação e melhorias de vias, direcionamento de ações que geram mais ruído no período diurno, encapsulamento de motores para abafar o som e desligamento, a partir das 18 horas, dos alarmes de ré de equipamentos. Neste caso, um funcionário da obra orientará os motoristas nas manobras de marcha ré.
A Vale reforça ainda que segue atuando em conjunto com a Copasa, Cemig e com os órgãos competentes para cumprir as determinações do TC nos prazos acordados.
Aditivos ao Termo de Compromisso
Foram assinados dois Aditivos ao Termo de Compromisso. O primeiro, firmado em setembro, inclui a Cemig e prevê a instalação, custeada pela Vale, da linha de transmissão necessária à energização do novo sistema de captação do rio Paraopeba. A linha de transmissão, após concluída, será repassada e operada pela própria Cemig. Uma nova subestação de energia elétrica também será instalada e entregue à Copasa para operação.
O segundo Aditivo, assinado entre as partes em outubro, acorda a execução de medidas adicionais de caráter emergencial e mitigatório para garantir o abastecimento de água da grande BH até a conclusão da obra do novo sistema de captação do rio Paraopeba. Entre essas ações estão a reativação de poços profundos no Vetor Norte de Belo Horizonte e a implantação de aproximadamente 50 poços para 40 clientes essenciais, como hospitais e escolas. Outra intervenção prevista viabilizará a interligação entre os sistemas de abastecimento hídrico da bacia do rio Paraopeba e da bacia do rio das Velhas, além de adequações na rede distribuidora da Copasa na RMBH.