Netflix, Amazon Prime, Telecine Play, HBO Go, Crackle, Disney+ e Google Play. No mercado de filmes e séries on demand, o que não falta é opção. Desde sexta-feira, os usuários têm mais uma alternativa de assinatura: o Apple TV .
A companhia americana estreou o novo serviço em mais de 100 países, incluindo o Brasil. Com mensalidades de R$ 9,90, o serviço de streaming tentará seduzir clientes da concorrência com oferta de sete dias gratuitos e conteúdo em 4K HDR. Por enquanto, o catálogo é modesto, com sete séries originais, como The Morning Show, See e Dickinson, além do documentário The Elephant Queen.
A companhia garante que outros títulos serão adicionados nas próximas semanas. “Era importante para nós lançar o serviço mesmo que sem todo o conteúdo desde o primeiro dia, para que todos possam adicioná-lo em suas telas favoritas”, disse, em comunicado, Eddy Cue, vice-presidente sênior de software e serviços da Apple. “O público em mais de 100 países e regiões agora pode desfrutar do Apple TV , e ter programação original de programas e filmes da atualidade.”
O serviço de streaming da Apple foi lançada na sede da empresa, em Cupertino, na Califórnia, pelo presidente Tim Cook. Além de qualidade em 4K com HDR no formato Dolby Vision, alguns itens também trazem áudio Dolby Atmos. Com isso, é possível escolher entre ouvir o áudio original, dublado em português ou com AD (audiodescrição), e ativar legendas no idioma que quiser. Será possível fazer download e assistir aos episódios sem conexão à internet. Além disso, até seis membros de uma família podem compartilhar a assinatura.
Segundo a Apple, é possível ter acesso ao serviço na maioria dos dispositivos da companhia, como em um iPhone ou iPod Touch com iOS 12.3 ou superior. Já para iPad, é necessário iPadOS, assim como a Apple TV requer tvOS 12.3 ou posterior. Em computadores Mac, requer macOS Catalina. Mas quem não tem nenhum dispositivo Apple pode assistir às séries por meio do Google Chrome, Firefox ou Safari, acessando tv.apple.com no computador.
O serviço está disponível no Amazon Fire TV Stick e em algumas smart TVs da Samsung lançadas em 2018 e 2019. Ainda não há um aplicativo do Apple TV para celulares Android, mas talvez isso seja questão de tempo: o Apple Music está presente na plataforma do Google, por exemplo.
CONCORRÊNCIA
O lançamento do novo serviço da Apple foi realizado semanas antes da estreia de outro gigante no mercado de streaming, a Disney. A companhia promete colocar no ar o Disney no dia 12, nos Estados Unidos, ao custo de US$ 6,99 (cerca de R$ 27) por mês, e US$ 69,99 (R$ 270) pelo plano anual.
A plataforma chega com 18 filmes da Pixar, 13 animações clássicas da Disney, todos os filmes de Star Wars, diversos títulos da Marvel (como Pantera negra e Capitão América), além de uma programação de 250 horas do National Geographic, 100 filmes do Disney Channel e nove filmes originais e exclusivos do serviço.
Outra novidade é que, após a compra da Fox pela empresa, todos os mais de 660 episódios de Os Simpsons estarão na plataforma. O serviço chegará no restante da América do Norte, Europa e partes da Ásia apenas no começo de 2020. Para o Brasil, ainda não há uma data de estreia ou estimativa de preço.
Durante o anúncio de lançamento do serviço, a Disney revelou que teve de pagar cerca de US$ 150 milhões para retirar seus filmes do catálogo da Netflix, sua maior concorrente. Em breve, nenhum filme da Disney e seus estúdios, como a Marvel e Fox, entre outros, estarão na Netflix. Os executivos da Disney esperam ter em 60 milhões e 90 milhões de assinantes até o fim de 2024.