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Antes de ser contratado pelo Atlético, o atacante Franco Di Santo jogou por mais de uma década na Europa. Logo no primeiro clube no Velho Continente, o argentino fez um grande amigo no futebol: o marfinense Didier Drogba, lenda do futebol africano e ídolo do Chelsea.
O argentino tinha apenas 18 anos quando chegou ao clube inglês, em 2008. Em Londres, pouco jogou. Mas, para ele, a experiência de dividir o vestiário com grandes estrelas do futebol mundial valeu a pena.
A relação com Drogba perdura. Segundo Di Santo, o marfinense – fundamental na conquista do Chelsea na Liga dos Campeões na temporada 2011/2012 – é melhor pessoa do que jogador.
“Tive uma relação muito boa com ele, até hoje às vezes conversamos. Para mim, ele é melhor pessoa do que jogador. Ele ajuda muito as pessoas. Eu via que ele estava sempre ajudando as pessoas ou ajudando o companheiro”, disse Di Santo, em entrevista exclusiva ao Superesportes/Estado de Minas.
O argentino citou também John Terry, zagueiro idolatrado no Chelsea. “Terry, em seu momento, um capitão, que sempre estava preocupado com todos os jogadores, sendo jovem ou mais experiente, e com as pessoas em geral”, conta.
Para Di Santo, mais que a qualidade em campo, os jogadores do Chelsea chamavam atenção pela humildade. O argentino teve a oportunidade de participar de um elenco que ajudou o clube londrino a mudar de patamar.
“Quando passei pelo Chelsea, estava rodeado dos melhores do mundo, de jogadores da elite da elite, dos grandes. O que se aprende é que, sim, eles têm carros muito caros, porque têm a possibilidade de comprá-los. Mas, ao mesmo tempo, esse dinheiro que eles investem nesse tipo de carros também investem em ajudar pessoas, algo que não aparece na imprensa. Tive a possibilidade, graças a Deus, de estar com eles. Era como a frase que dizemos na Argentina: ‘A humildade dos grandes, das grandes pessoas’. O exemplo mais claro para mim é Didier Drogba”, disse.
Relação com Messi
Os momentos de bom futebol na Europa fizeram Di Santo ser lembrado para a Seleção Argentina. Lá, teve a possibilidade de dividir vestiário com nada mais, nada menos que Lionel Messi. E o atacante do Atlético garante: a ‘Pulga’ é ainda mais impressionante do que se pode imaginar pela TV.
“Jogar com Messi na seleção foi impressionante. É como digo sempre: quem o vê pela televisão pensa que ele é um extraterrestre. E aí quando o vê pessoalmente, supera o extraterrestre. Faz coisas com os pés para ele são naturais, mas que a gente acerta uma em dez tentativas ou até mais, uma em 100 tentativas”, disse.